Northrop T-38 Talon

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ESPECIFICAÇÕES
ANO
1959
PAIS DE ORIGEM
USA
TIPO
Treino avançado
MODELO

TRIPULAÇÃO
2
MOTOR
2xTurboreactores General Electrics J85-5A, com afterburner
PESO MAXIMO (kg)
5485
PESO VAZIO (kg)
3250
ENVERGADURA  (m)
7.7
COMPRIMENTO (m)
14.14
ALTURA (m)
3.92
VELOCIDADE MÁXIMA  (km/h)
1381
TECTO MÁXIMO  (m)
16335
RAIO DE ACÇÃO (km)

ALCANCE (km)
1759
ARMAMENTO

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GALERIA

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HISTÓRIA
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Northrop T-38 Talon é um avião supersónico de treino avançado. Tendo sido o primeiro avião de treino em todo o mundo a ter capacidade supersónica. É ainda o mais fabricado (na sua categoria) e continua em 2010 ao serviço de várias forças aéreas do mundo.

A sua construção deriva do projecto N-156 da Northrop que visava a produção de um caça ligeiro de baixo custo e multifuncional, dando origem ao F-5A Freedom Fighter. Na época a USAF não tinha necessidade de um caça deste tipo, no entanto mostrou interesse no projecto para substituição do T-33 Shooting Star na função de treino avançado. Foram construídos 3 protótipos, designados YT-38, voando o primeiro, pela primeira vez em 10 de março de 1959. Foi rapidamente aceite e os primeiros exemplares entregues em 1961, entrando ao serviço em 17 de Março desse ano. Desde então foram construídas 1 187 unidades até 1972 quando terminou a sua produção.

Em 2001 começaram a ser recebidos pela AETC (comando de treino da USAF) a versão T-38C ao abrigo de um programa de upgrade de aviónicos e modernização do sistema propulsor e respectiva célula que prevê o prolongamento da sua vida útil até ao ano 2020.

Além da USAF, da USN e da NASA, o T-38 foi também operado pelas forças aéreas da Alemanha (Luftwaffe), de Portugal (FAP), da Turquia e da Republica Popular da China (Taiwan).

EM PORTUGAL
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Em meados dos anos 70, a Força Aérea Portuguesa (FAP) não tinha em operação nenhum avião com características supersónicas. O North American F-86F Sabre era o avião mais rápido que tinha no seu inventário, mas o peso da idade impunha a sua substituição. Vários países da NATO tinham substituído os seus Sabres pelo Lockheed F-104 ou então pelo Northrop F-5, um pequeno caça táctico que parecia ser a melhor opção para substituir o velho Sabre. O F-5 não era um avião muito sofisticado, mas tinha capacidade supersónica e excelentes qualidades gerais, além de custos de operação e manutenção baixos e armamento versátil. A FAP estava seriamente interessada em receber este aparelho e para começar a preparar os seus pilotos e técnicos recebeu por empréstimo 6 supersónicos de treinamento Northrop T-38A Talon. Os aviões chegaram em 1976, desmontados a bordo de um C-5 Galaxy com matrículas americanas e foram integrados na Esquadra 201 dos falcões que operava os últimos Sabres.

Como o processo de aquisição dos F-5 continuava em vista de se concretizar, a FAP recebeu mais 6 T-38A em Janeiro de 1980, destinados a Monte Real e à Esquadra 201 "Falcões". Só que nessa altura já se equacionava a compra dos Vought A-7P Corsair, para operações antinavio, deixando para sempre adiada a opção dos F-5. O T-38 perdia assim a sua razão de ser, mas o avião ficaria na mesma para a FAP por cedência norte-americana. Nessa altura, os 12 aparelhos são transferidos para a Esquadra 103 "Caracóis" juntamente com os Lockheed T-33A, continuando a operar em Monte Real. Como se tratavam de aviões com características diferentes, a 103 foi dividida em duas esquadrilhas independentes cada um com um tipo de aparelho. Em Janeiro de 1987, toda a Esquadra 103 foi transferida para a Base Aérea nº11, em Beja, onde o T-38 começou a ser usado em 1990 no curso de Introdução Operacional (CIO), que visava o treinamento avançado para as esquadras de combate e depois em substituição dos T-33 no Curso de Instrução Complementar de Pilotagem de Aviões de Combate (CICPAC).

O T-38 acabaria a sua vida operacional em Beja em Junho de 1993, sendo substituído nos meses seguintes pelos Alpha Jet da Luftwaffe cedidos à FAP como contrapartida pelo uso desta base.

Durante os 17 anos de atividade na FAP, seriam os únicos aparelhos supersónicos a operar em Portugal, estatuto que conservariam até ao fim dos seus dias em Beja e sem registo de qualquer acidente.

DESENHOS
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PERFIL
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FONTES

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