Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon

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ESPECIFICAÇÕES
ANO
1979
PAIS DE ORIGEM
USA
TIPO
Caça polivalente
MODELO
F-16C
TRIPULAÇÃO
1
MOTOR
General Electric F110-GE-100
PESO MAXIMO (kg)
19187
PESO VAZIO (kg)
6330
ENVERGADURA  (m)
9.45
COMPRIMENTO (m)
15.03
ALTURA (m)
5.09
VELOCIDADE MÁXIMA  (km/h)
2175
TECTO MÁXIMO  (m)
15239
RAIO DE ACÇÃO (km)
4215
AUTONOMIA (h)

ARMAMENTO
1 Canhão 20 mm M61 Vulcan
Rockets:
4× LAU-61/LAU-68 ou
4× LAU-5003 ou
4× LAU-10
Mísseis ar-ar:
2× AIM-7 Sparrow ou
6× AIM-9 Sidewinder ou
6× IRIS-T ou
6× AIM-120 AMRAAM ou
6× Python-4
Mísseis ar-terra:
6× AGM-45 Shrike ou
6× AGM-65 Maverick ou
4× AGM-88 HARM
Mísseis antinavio:
2× AGM-84 Harpoon ou
4× AGM-119 Penguin
Bombas:
2× CBU-87 - Bomba de fragmentação
2× CBU-89 - Bomba de fragmentação
2× CBU-97 - Bomba de fragmentação (450Kg)
4× GBU-10 Paveway II - Bomba guiada por laser
6× GBU-12 Paveway II - Bomba guiada por laser
4× JDAM - Kit de orientação de bombas de queda livre
4× Mark 84 - Bomba de queda livre (450Kg)
8× Mark 83 - Bomba de queda livre (200Kg)
12× Mark 82 - Bomba de queda livre (100Kg)
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GALERIA
F-16C, F.A. Nova Zelandia

F-16E Block 60 F.A. Emirados Árabes Unidos
F-16I Block 52 da F.A. Israelita
F-16D da F.A. Paquistão
F-16AM Block 15 MLU da F.A. Portuguesa
F-16C da USAF
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HISTÓRIA
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O Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon é um caça a jato polivalente, monomotor, altamente manobrável, apto a operar em todas as condições meteorológicas e de luminosidade. Originalmente concebido e desenvolvido pela General Dynamics para a Força Aérea dos Estados Unidos, a partir de um conceito experimental (LWF), para um interceptor diurno de curto alcance, complementar ao poderoso e sofisticado F-15 Eagle de superioridade aérea, foi evoluindo gradualmente para a função de caça-bombardeiro de alto desempenho, com capacidade para atuar em todas as condições atmosféricas de dia e de noite.

A guerra do Vietname, entre outras evidências, demonstrou que a maioria dos confrontos aéreos envolvendo aeronaves modernas, se situa em altitudes médias e a velocidades entre mach 0.6 e mach 1.6. Demonstrou ainda que caças pequenos, ágeis e com eletrónica simplificada, são difíceis de localizar e abater. Numa força aérea de grande dimensão, o papel de um caça de superioridade aérea com toda a panóplia de eletrónica sofisticada e alto desempenho em todas as condições de voo, têm o seu papel assegurado, mas torna-se demasiado dispendioso, quando é necessário o seu uso em grandes quantidades, para combater um inimigo que à partida goza de superioridade numérica. Assim, um caça de pequenas dimensões, ágil, com capacidade de aceleração elevada, aviónicos simplificados e com um preço igual ou inferior a metade do preço dos grandes caças de superioridade aérea, torna-se uma opção bastante atrativa.

Em conformidade com a prespetiva acima descrita, a 6 de Janeiro de 1972, nove empresas foram convidadas a apresentar propostas tendo como data limite, 18 de Fevereiro de 1972. No final da competição Northrop e a General Dynamics foram consideradas vencedoras ganhando os contractos para a construção dos protótipos demonstradores de tecnologia.

Com a finalidade de tornar mais apetecível a futura escolha do substituto do F-104 Starfighter por parte dos parceiros Europeus na NATO,foi decidido alterar o conceito LWF (Light Weight Fighter) do programa para ACF (Air Combat Fighter) por forma a capacitar o futuro F-16 para o desempenho de caça-bombardeiro polivalente.

Em Janeiro de 1975 YF-16 foi declarado vencedor da competição e a USAF anunciou planos para a compra de 650 unidades e em Junho de 1975 os Países Baixos, Bélgica, Noruega e Dinamarca anunciam planos para a compra de 348 F-16, tendo sido assinado um acordo de co-produção entre os quatro países e os Estados Unidos com início em 1976.

O primeiro F-16A voou pela primeira vez em 8 de Dezembro de 1976 e o modelo inicial de dois lugares, F-16B, fez o seu primeiro voo em 08 de agosto de 1977. A produção inicial do padrão F-16A, da General Dynamics, voou pela primeira vez em 7 de agosto de 1978, e a primeira entrega operacional à USAF ocorreu em 6 de Janeiro de 1979.

O F-16 foi apelidado formalmente de "Fighting Falcon" em 21 de julho de 1980, entrou ao serviço operacional da USAF no 34º esquadrão de caças tático, 388 Tactical Fighter Wing na base AFB no Utah, em 1 de Outubro de 1980.

O F-16 é um avião com trem de aterragem convencional em triciclo, a entrada de ar para o motor, situa-se numa posição inferior e recuada e beneficia da ligeira curvatura descendente do nariz do avião, evitando de certo modo a entrada de objetos potencialmente perigosos, possui na base do estabilizador vertical um para-quedas de auxilio na travagem, embora este item nunca tenha sido pedido pelos utilizadores e raramente é usado, está equipado também com um gancho de arresto (igual aos usados nos aviões que operam em porta-aviões) no meio de aletas ventrais traseiras.

O F-16 foi o primeiro caça de produção projetado para ser aerodinamicamente, ligeiramente instável, também conhecido como "relaxed static stability” (RSS), com o objetivo de melhorar a sua capacidade de manobra. A maioria das aeronaves são projetados com estabilidade estática positiva, o que induz a aeronave a voltar ao voo reto e nivelado em atitude se o piloto libertar os controlos, reduzindo a capacidade de manobra uma vez que a estabilidade inerente tem que ser superada. As aeronaves com estabilidade negativa são projetados para desviar o regresso ao voo controlado e, assim, ser mais manobrável. Para contrariar o regresso ao voo controlada e evitar a necessidade de ajustes constantes por parte do piloto, o F-16 tem um sistema de controle de vôo (FLCS) quádruplo (quatro canais) fly-by-wire (FBW). O computador de controlo de voo (FLCC) aceita as instruções do piloto com os controles do stick e do leme, e manipula as superfícies de controle, de modo a produzir o resultado desejado sem induzir a perda de controle.

O F-16, nas suas várias versões e derivações, tornou-se o mais produzido caça de combate do mundo ocidental.

O F-16A (monoposto) e F-16B (dois lugares) foram as variantes iniciais de produção. Estas variantes
incluem as versões block 1, 5, 10, 15 e 20. O Block 15 foi a primeira grande alteração para o F-16 com estabilizadores horizontais maiores sendo a variante mais numerosos dos F-16 com 955 unidades produzidas. Estes F-16 caracterizavam-se por serem aeronaves relativamente pouco sofisticadas, com capacidade apenas para disparar misseis de curto alcance, bombas e naturalmente o seu canhão de 20mm. Por isso todos os block 15 produzidos após Janeiro de 1988 foram-no segundo o padrão OCU (Operational Capabilities Upgrade programme) que modernizou os aviónicos, do sistema de controlo de tiro, o atualizou o radar para uma melhor capacidade de defesa aérea, aumentou a capacidade estrutural das asas, adaptando o motor Pratt & Whitney F100-PW-220E. Recebeu também capacidade para transportar e disparar o AGM-65 Maverick,o AIM-120 AMRAAM e o míssil antinavio de origem Norueguesa AGM-119 Penguim. Esta versão atualizada é muitas vezes identificada por F-16 ADF. O chamada Block 20, foi reservado para as aeronaves fornecidas a Taiwan, tratado-se no entanto de aeronaves Block 15 já com atualização MLU, que os equiparava as Block 50.

As variantes F-16C (monoposto) e F-16D (dois lugares) entraram em produção em 1984. A primeira versão C/D foi o Block 25 (para a Guarda Nacional dos EUA) com aviônicos do cockpit e radar melhorado que adicionou capacidade de combate em quaisquer condições atmosféricas e para lá do alcance visual (BVR) AIM-7 e AIM-120 mísseis ar-ar. O F-16 C/D Block 30/40 é o primeiro dos F-16 que se apresenta já não como aeronave de segunda linha, mas sim como uma aeronave desenhada e concebida para poder responder de igual para igual a equipamentos mais sofisticados que foram aparecendo ao longo dos anos 80, nomeadamente a nova série de aeronaves soviéticas como o MiG-29 e o Su-27.

O que mais distingue os posteriores Block 30 e o Block 40 é que relativamente aos anteriores F-16 (até ao block 15), ele tem capacidade para utilizar mísseis ar-ar de médio alcance e com capacidade para atacar alvos para lá do alcance visual, utilizando o seu novo radar AN/APG-68.

O Block 40 é uma modernização do Block 30 acrescendo capacidade para operar independentemente das condições atmosféricas.

O primeiro F-16 Block 50/52 (F-16CJ / DJ) entregue no final de 1991 podia transportar um maior número de mísseis avançados, como mísseis AGM-8 HARM, JDAM, JSOW e WCMD, sendo motorizadas por um General Electric F110-GE-129.

A versão Block 50/52 Plus, ou 50/52 (F-16U) entrou em serviço em abril de 2003 na Força Aérea Grega. As principais diferenças são os tanques conformais (CFT) em ambos os lados da fuselagem, que modificam consideravelmente o perfil frontal da aeronave, embora segundo os pilotos, não afetem as prestações nem o comportamento aerodinâmico, o radar APG-68 (V9), o sistema de oxigênio OBOGS (On-Board Oxygen Generation Systems), o capacete JHMCS (Joint Helmet Mounted Cueing System), com sistema integrado de visão noturna. A integração destes dois sistemas, dá ao F-16, na função de ataque e quando equipado com armas inteligentes, uma capacidade enorme de ataque de precisão.. O Block 52 Plus também pode disparar o míssil IRIS-T. Todas as fuselagens "Plus" incluem a “Dorsal Avionics Spine”, secção adicional na parte superior da fuselagem, entre o cockpit e a deriva traseira, que acrescenta 30 metros cúbicos (850 litros) de espaço para sistemas de aviónicos, e sensores, reduzindo a necessidade do uso de pods externos, acrescentando apenas um pouco de peso. Esta versão é por vezes referida como F-16U e é a base do F-16E/F Bloco 60.


O F-16E (monoposto) e F-16F (dois lugares) são as mais recentes F-16 variantes. A versão Block 60 é baseado no F-16C/D Block 50/52 e foi desenvolvido especialmente para os Emirados Árabes Unidos. Ele apresenta um melhorado radar AN/APG-80 ativo de varredura eletrônica (AESA), aviônicos, tanques de combustível conformais (CFTs), e o mais poderoso motor General Electric F110-132. O Block 60 tem mais autonomia e/ou maior capacidade para transportar armas que os seus congéneres, além de que numa configuração «limpa» com menos armamentos, o avião tem um melhor comportamento aerodinâmico. Ele está conforme a norma MIL-STD-1773, sendo que a maior parte das cablagens de dados entre os vários sensores e equipamentos do avião são em fibra ótica e por isso são imunes a interferências eletrónicas, além de terem uma velocidade de transmissão de dados 1000 vezes maior que nos outros aviões deste tipo.

Vários países europeus, juntamente com os Estados Unidos criaram um organismo destinado a estudar a modernização dos caças F-16A e F-16B mais antigos, convertendo-os para um padrão próximo do F-16C e F-16D designado de MLU (Mid-Life Upgrade). As aeronaves modernizadas designam-se por F-16AM ou F-16BM. É importante notar, que existem diferenças consideráveis entre as várias modernizações MLU.

Inicialmente pensado para ser uma aeronave ligeira de alta velocidade para combate aproximado, o F16 evoluiu até se transformar num caça avançado, utilizando os mais recentes dispositivos e sistemas de armas.

O F-16 foi adoptado pelas forças aérea de inúmeros países (Bahrein, Bélgica, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Grécia, Indonésia, Israel, Itália, Jordânia, Marrocos, Noruega, Omã, Países Baixos, Paquistão, Polónia, Portugal, Roménia, Singapura,Tailândia, Taiwan, Turquia e Venezuela) e tem sido usado em vários conflitos armados:

- Iraque – Ataque ao reator nuclear de Osirak nuclear (Israel, 1981)
- Guerra civil do Líbano (Israel, 1982)
- Guerra Soviético-Afegã (Paquistão, 1986-1988, abatidos 3 ou 4 Su-22, 2 MiG-23, 1 Su-25, 1 An-26)
- Iraque - Operação Desert Storm (USAF, 1991)
- Iraque - Operações Northern Watch e Southern Watch (USAF, 1991-2003)
Tentativa Golpe de Estado na Venezuela (Venezuela, 1992)
- Bósnia - Operation Deliberate Force (USAF, Holanda, 1995)
- Kosovo - Operação Allied Force (USAF, 1999)
- Kargil War (Paquistão, 1999)
- Conflito Israelo-Palestiniano (Israel, de 2000 até a data)
- EUA - Operation Noble Eagle (USAF, de 2001até a data)
- Afganistão - Operação Enduring Freedom (USAF, Belgica, Dinamarca, Holanda, Noruega 2001 até a data)
- Iraque - Operação Iraqi Freedom (USAF, 2003 até a data)
- Escaramuça entre a Grécia e Turquia (Grécia, Turquia, 2006)
- Segunda guerra do Líbano (Israel, 2006)
- Síria, ataque contra instalações nucleares (Israel, 2007)
- Conflito em Gaza (Israel, 2008-2009)
- Sudão – ataque contra fornecimento ilegal de armas (Israel, 2009)
- Libia - Operações Unified Protector e Odyssey Dawn (Bélgica, Dinamarca, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, USAF, 2011)

Em 2015 a maioria dos F-16 em atividade terá cerca de 30 anos e se os aviónicos podem facilmente ser substituídos, o mesmo não acontece com as fuselagens que em alguns países foram sujeitas a um esforço de guerra e atingiram o limite de vida. Em 2010 a USAF abateu ao efetivo 140 unidades e espera-se que o último F-16 seja retirado em 2026.

EM PORTUGAL
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A Força Aérea Portuguesa recebeu os seus F-16, na sequência dos acordos Peace Atlantis I e II assinados em 1990 e 1996.

Na sequência do primeiro acordo foram recebidos 17 F-16A e 3 F-16B, além de peças de substituição, equipamento de suporte e apoio, manuais de pilotagem e manutenção, instrução de pilotos e equipes de manutenção, e participação da FAP no Grupo de Coordenação Técnica do F-16, e no Programa Integrado da Estrutura do Avião.
Ao contrario dos seus antecessores, os F-16 entregues á força aérea em 1992 eram aviões  novos segundo o padrão F-16 A/B-OCU (block 15 conforme a designação do fabricante), embora muitas vezes por causa desta designação se faça confusão com aviões antigos que tenham sofrido o upgrade OCU para F-16 mais antigos. A designação correta para os aviões portugueses deveria mesmo ser F-16 A/B-ADF.
Os aviões eram idênticos ao F-16ADF, a única coisa que os diferencia é a inexistência das antenas AIFF na frente da canópia, acresce que a versão Portuguesa possui algumas melhorias entre as quais, um giroscópio laser, Wide-Angle HUD, motores Pratt & Whitney F100-PW-220E e capacidade de disparo do míssil AIM-120 AMRAAM.

Em 1996 foi efetuado um pedido adicional de 21 F-16A e 4 F-16B. Este segundo lote de F-16, em segunda mão, destinavam-se à substituição direta do A-7P na função de ataque ao solo e seriam capacitados para ataque diurno e noturno pela atualização MLU. A 20 de Novembro de 1997 o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anuncia a disponibilidade de 25 F-16A/B Block 15 usados a custo zero, sendo Portugal responsável pelo seu transporte. A carta de intenções é assinada a 30 de Novembro de 1998 e inclui as 25 aeronaves usadas a custo zero, novos motores F100-PW-220E, transporte, apoio logístico e vinte kits de modernização MLU (Mid-Life Upgrade), pelo valor de 268 milhões de dólares (preços de 1998) pagos em prestações até ao ano de 2004. A este programa foi dado o nome código Peace Atlantis II.

Durante a guerra no Kosovo, Portugal, como membro da NATO, disponibilizou três aparelhos que efectuaram dezenas de missões de escolta, mas notou-se claramente - como já se sabía - que não era possível, ou adequado, enviar estes aviões para missões de combate, dado este dispôr apenas para tais missões, de canhões e misseis "Sidewinder" destinados a combate aproximado. Ao contrário dos aviões portugueses, os aviões da força aérea da Holanda (F-16 MLU) entraram em combate com aviões da Sérvia, tendo abatido o primeiro MIG-29 abatido no conflito.  Um F-16 ADF tinha-se portanto tornado obsoleto para um grande numero de missões, onde os aviões combatem uns com os outros, sem sequer se verem (Beihond Visual Range), como aconteceu com o MIG-29 sérvio.
É o último lote de aviões recebidos ao abrigo do Peace Atlantis II (mais antigos) foi o primeiro a receber o upgrade, para o padrão MLU, e ainda uma modernização de motores, chamada de Falcon-Up. Os restantes F-16 A/B foram posteriormente convertidos para a mesma norma.
O F-16 AM/BM (padrão MLU) é de facto um equipamento muito mais eficiente e moderno que o antigo F-16 A/B. As principais alterações têm a ver com um cockpit completamente modernizado, ao nível do mais recente F-16 em produção (F-16 C/D - Block 50).

A mais importante alteração, é o novo computador de combate (MMC - Modular Mission Computer), baseado num processador RISC de 64 bits MIPSCO-3000, com 60Mb de memória e capacidade de processamento de 155 milhões de operações por segundo. O computador de combate do F-16 AM é derivado do computador de combate do mais recente avião de combate norte americano, o F-22. Substitui os três computadores que equipam a versão antiga. O MMC tem ainda uma reserva de 50% de capacidade de memória e tratamento de dados. É possível aumentar as capacidades do MMC, acrescentando módulos especializados. Da mesma forma, é possível proceder á configuração do avião, consoante as missões (caça, reconhecimento, bombardeamento) pela simples substituição de módulos. Os upgrades de nível 3, permitem utilizar uma considerável quantidade de armas, cuja utilização não era possível com a versão anterior.

Alteração ao radar, AN/APG66, transformando-o num APG-66(V)2A modernizado, o que o transforma num "quase" equivalente ao radar APG68V(5) que equipa os F-16 C/D block 50, novos de fábrica, incorporando todos os "modos" deste último radar, embora com um alcance inferior, que se estima em 25% a 35% menor. O radar AN/APG66V2(A) dos F-16 portugueses, permite por exemplo efetuar a monitorização simultânea de dez alvos e disparar contra seis desses alvos. Além disso dispõe de melhores contra-medidas eletrónicas. O seu alcance é agora 25% superior, chegando em média aos 90 Km (rastreio superior lookup) e 60 Km (rastreio inferior - lookdown), e isto para aviões similares ao F-16, Mirage marroquino ou F-18 do "Ejercito del Aire" espanhol.

Instalação de DTS ou "Digital Terrain System" que permite "ver" o terreno mesmo de noite, permitindo ao piloto receber informações audíveis sobre obstáculos no terreno. O DTS funciona combinando dados do radar e altímetro do avião, com dados memorizados sobre o terreno em que o avião está a operar. A grande desvantagem do DTS incorporado nos aviões portugueses é que não é possível ligar o DTS ao piloto automático (como de facto acontece nos aviões novos). Isto acontece porque o sistema de navegação analógico do F-16 A/B não é alterado, e portanto continua a ser analógico, tornando inviável a ligação do DTS ao piloto automático.

Outras alterações significativas são, o Data-Modem, que permite a comunicação entre vários F-16 e entre os F-16 e sistemas de gestão de dados de combate em estações terrestres, permitindo uma grande integração entre os aviões e as tropas em terra, quando os primeiros forem utilizados em operações de ataque ao solo. Melhor capacidade de transmitir comunicação encriptada e capacidade de utilização de dispositivos de visão nocturna.

Estes novos dispositivos permitem ao F-16 AM/BM a utilização de armas mais sofisticadas e atualizadas:
Referência
Características
Alcance
AIM-9L Sidewinder
Missil ar-ar de curto alcance
20 Km
AIM-120B-AMRAAM
Missil ar-ar, com capacidade BVR (Beihond Visual Range), podendo ser disparado sem que haja contacto visual com o alvo. Cada missil destes custou aproximadamente € 350.000
50-70 Km
AGM65G-Maverick
Missil ar-solo
24 Km
Mk82
Bomba de 250 Kg
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Mk84
Bomba de 450 Kg
-
GBU-32 (JDAM)
Joint Direct Atack Munnition - kits que permitem guiar bombas Mk84 por GPS, transformando-as em armas inteligentes. Cada kit custa cerca de € 50.000
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AGM-154B (JSOW)
Joint Stand Off Weapon - kits que permitem transformar uma bomba convencional num planador, guiado por GPS inercial. Cada kit para ataque ao solo custará cerca de € 450.000 para a versão 154B.
24 -64 Km
IRIS-T/SRAAM
Será possível no futuro operar este tipo de misseis de origem europeia.
Curto alcance

O  novo F-16 AM/BM, mesmo sendo um equipamento modernizado, traz  a Força Aérea Portuguesa para um patamar tecnológico, que havia deixado desde quando, nos anos 50, começou a operar os aviões a jacto F-82 e F-86. Igualmente os F-16 portugueses, podem "olhar" de igual para igual, qualquer avião de qualquer força aérea europeia, podendo operar uma gama de armas que outros aviões, muito mais caros, ainda não têm capacidade para operar.

Em 2015 a FAP dispõe em situação de operacionalidade de 33 aeronaves F-16M e 8 F-16BM, de acordo com o “Flight International Special Report World Air Forces 2015”

Todas as aeronaves operam na Base Aérea nº5 em Monte Real, divididas por duas Esquadras:


Esquadra 201 - Falcões - constituída pelos aviões fornecidos pelo programa Peace Atlantis I.
Esquadra 301 - Jaguares - constituída pelos aviões fornecidos pelo programa Peace Atlantis II.

DESENHOS
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PERFIL
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FONTES

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