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ESPECIFICAÇÕES | |
ANO | 1936 |
PAIS DE ORIGEM | Alemanha |
TIPO | Bombardeiro médio, Caça pesado e nocturno |
MODELO | Ju 88 A-4 (1941-1944) |
TRIPULAÇÃO | 4 |
MOTOR | 2 x motores Junkers-V12 Jumo 211 J |
PESO MAXIMO (kg) | 12115, 13750 (descolagem com foguetes) |
PESO VAZIO (kg) | 9870 |
ENVERGADURA (m) | 20.08 |
COMPRIMENTO (m) | 14.36 |
ALTURA (m) | 4.85 |
VELOCIDADE MÁXIMA (km/h) | 500 (sem carga de bombas) |
TECTO MÁXIMO (m) | 7500 |
RAIO DE ACÇÃO (km) | 2030, 3150 com tanques adicionais |
AUTONOMIA (h) | |
ARMAMENTO | 1 x metralhadora MG81 de 7,92mm na cabina do piloto 2 x metralhadoras MG81 ou MG131 (13 mm) no cockpit traseiro 1 x metralhadora gémea MG81Z na no pod inferior Carga até 3.000 kg de bombas: - interna até 1,400 kg - externa até 3.000 kg em racks sob as asas |
Fonte:Wikipedia.org
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GALERIA | ||
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HISTÓRIA |
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Foram fabricados 10 protótipos antes que a ordem de produção para a pré-série Ju 88A-0 fosse dada, que aconteceu quase simultaneamente com a invasão da Polônia, em setembro de 1939.
A série C continuou a ser produzida ao longo da guerra com variações de motorização e armamento, tendo sido usado como caça pesado, e caça noturno quando a partir de maio de 1940, a RAF começou a lançar ataques noturnos contra as cidades alemãs. Os caças noturnos Ju 88C-6 foram largamente utilizados contra as incursões dos bombardeiros aliados. Os Ju 88C-6, equipados com os radares "Lichtenstein", desempenhariam um papel de extrema importância contra os bombardeiros pesados da RAF durante a noite. Esta versão foi tão bem sucedido que foram construídos 3.759 exemplares e entregues às unidades de caça noturna.
No final da Guerra várias aeronaves Ju 88 terminaram seus dias como a metade inferior de combinações Mistel, com um caça Bf 109 ou Fw 190 na parte superior da fuselagem que conduziria o Ju 88 com uma carga explosiva no nariz modificado até um alvo. Nunca foram realizadas grandes missões com essas montagens, apenas ataques esporádicos contra posições aliadas e, mesmo assim, os esquadrões responsáveis sofreram muitas baixas devido a baixa velocidade de cruzeiro das combinações que os tornava alvos extremamente vulneráveis para os caças aliados.
Indubitavelmente, o Junkers Ju 88 foi um dos aviões mais versáteis da Luftwaffe. O seu projeto tinha, inicialmente, como principal objetivo o desenvolvimento de um bombardeiro médio que pudesse combater na linha de frente nos moldes do DeHaviland Mosquito e do Bristol Beaufighter. Entretanto, com o desenrolar da guerra, o Ju 88 foi cobrindo as mais variadas lacunas: caça pesado, caça noturno, bombardeiro estratégico, avião de reconhecimento, avião anti naval e até mesmo míssil balístico nos dias desesperados do III Reich.
Em meados de 1935, a Luftwaffe apresentou um requerimento para o desenvolvimento de um Schnellbomber (bombardeiro rápido) capaz de desenvolver a velocidade de 500km/h e carregar 800kg de bombas. Eram parâmetros muito avançados para sua época, considerando que os caças biplanos de então estavam longe desta performance e que o futuro avião seria até mesmo mais rápido do que as primeiras versões do Bf 109.
O desenvolvimento do projeto da Junkers foi entregue ao Chefe de Design daquela empresa, Ernst Zindel. O primeiro protótipo ( Ju 88V1), propulsionada por dois motores Daimer-Benz DB 600Ae de 1000cv realizou o primeiro vôo em 21 de dezembro de 1936.
O quarto protótipo, o Ju 88 V4 teve o cockpit totalmente modificado, recebendo um grande número de pequenas janelas transparentes, assim como uma gôndola ventral logo abaixo do nariz, onde seria instalada uma metralhadora MG 15 de 7,92mm.
Produção do Junkers Ju 88 |
O Ju 88 foi utilizado principalmente como um bombardeiro médio, auxiliando os demais de seu tipo, como o Heinkel He111 e o Dornier Do17, mas, com o desenrolar do conflito, foi sendo adaptado a novas exigências da Luftwaffe tendo para o efeito sido desenvolvidos um elevado número de variantes.
Os Ju 88A foram utilizados como bombardeiros , apesar de seu armamento defensivo bastante inadequado paras incursões no território inimigo. Além disso, vários problemas técnicos surgiram quando a aeronave operava nessas condições. O Ju 88A-1, quando carregado com a carga máxima de bombas e outros armamentos, apresentava grande dificuldade na descolagem. As variantes seguintes procuraram resolver esse problema das mais variadas formas.
O Ju 88A-2 foi equipado com foguetes auxiliares nas asas, os quais poderiam ser acionados pelo piloto quando a operação de decolagem o requeresse, no entanto o dispositivo demonstrou ser extremamente caro.
O Ju 88A-4, a solução definitiva do problema recebeu, motores Jumo 211J, mais potentes, e a envergadura e o comprimento da fuselagem foram aumentados. Os problemas da descolagem foram resolvidos, mas os novos motores Jumo superaqueciam durante vôos muito longos.
Em meados de 1940, os Ju 88A-4 entraram em ação logo no início da Batalha da Inglaterra. Durante os primeiros combates contra os caças da RAF, o armamento defensivo dos bombardeiros Junkers mostrou-se completamente ineficaz. Experimentaram-se diversas combinações de armas, mas a configuração mais comum constituía na instalação de uma MG81 de 7,92 mm na porção direita da cabina, sendo operada pelo piloto, e auxiliada por outras duas MG81 (ou uma única MG 131 de 13mm) nos painéis transparentes traseiros do bombardeador. A mesma opção era dada ao operador do armamento da gôndola ventral abaixo do nariz. Como carga ofensiva, o Ju 88A-4 era capaz de levar 2000Kg de bombas nas asas e outros 500Kg internamente.
A serie B estava em desenvolvimento em 1942, quando a Luftwaffe efetuou um pedido para mais 8000 Ju 88. Perante este pedido a Junkers decidiu cancelar a serie B, para evitar atrasos na entrega do pedido da Luftwaffe (apenas foram construídos 10 aeronaves da série B).
Os Junkers Ju 88 tinham uma performance semelhante à dos caças pesados de sua época. Por essa e outras razões, foi ordenado o desenvolvimento da série C ainda antes da guerra começar. O Ju 88C-2 era, na realidade, um Ju 88A-1 convencional com algumas mudanças na fuselagem. O seu armamento ofensivo era composto por três metralhadoras MG 17 e um canhão MGFF de 20mm alocados no nariz da aeronave, agora coberto por painéis metálicos em vez de envidraçado. As armas defensivas eram compostas por duas metralhadoras MG 15 de 7,92mm.
Ju 88 com radar Siemens FuG 227 Flensburg |
Depois da conclusão dos projetos da variante C, surgiu o modelo Ju 88R.O Ju 88R-1 era, na realidade, uma aeronave com o mesmo armamento do Ju 88C, mas utilizando motores BMW 801MA radiais, cuja disponibilidade era razoavelmente grande.
As aeronaves da variante D eram aparelhos de reconhecimento, baseados nos Ju 88A-4 e foram fabricados mais de 1.500 unidades entre os anos de 1941 e 1944, período em que operou em todos os teatros de operações, da Guerra.
A variante G era derivava da série R, mas nesta os canhões frontais foram removidos e foi adicionado um radar Lichtenstein, assim como antenas Flensburg . O modelo G foi seguido de várias sub-variações, todas elas utilizando os propulsores BMW 801D. O Ju 88G-4, por exemplo, tinha dois canhões MG151 na porção traseiro-superior da aeronave, o que possibilitava o disparo contra a região ventral dos bombardeiros.
Em meados de 1942, a performance dos bombardeiros Ju 88 começou a se demonstrar insuficiente perante os novos caças aliados. Assim, a série Ju 88S começou a ser projetada como solução desse quadro. O novo avião foi equipado com dois motores BMW 801D radiais de 1700hp (1268kW) cada, o que promovia uma velocidade final de 535km/h.
Um dos papéis mais importantes assumido pelo Junkers Ju 88 foi o de avião anti naval, principalmente na região do Atlântico Norte onde desde do início da Operação Barbarrossa, os britânicos e os norte-americanos,a partir de dezembro de 1941, começaram a organizar comboios marítimos para abastecer os russos. Os navios de carga chegavam aos portos da URSS através do Oceano Ártico e eram intercetados tanto por aviões como por submarinos.
Mistel Ju 88 e Fw 190 |
Ao longo de nove anos de produção (de 1936 até 1945), cerca de 15.183 aeronaves deixaram a linha de montagem para desempenharem os mais variados papéis, desde bombardeiro,a caça noturno, a bombardeiro em operações anti navio, terminando os seus dias como um de míssil numa estranha montagem (Mistel).
Apesar do elevado numero de aeronaves produzidas apenas dois podem ser vistos atualmente em perfeito estado de conservação, um Ju 88R-1 do RAF Museum em Hendon/Inglaterra e um Ju 88D-1 do USAF Museum em Dayton/EUA.
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Recognition of the Junkers Ju 88 - 1943
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