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ESPECIFICAÇÕES | |
ANO | 1935 |
PAIS DE ORIGEM | Alemanha |
TIPO | Bombardeiro médio |
MODELO | He.111H-6 |
TRIPULAÇÃO | 5 |
MOTOR | 2 x Junkers Jumo-211F-2 |
PESO MAXIMO (kg) | 14000 |
PESO VAZIO (kg) | 8690 |
ENVERGADURA (m) | 22.6 |
COMPRIMENTO (m) | 16.4 |
ALTURA (m) | 4 |
VELOCIDADE MÁXIMA (km/h) | 440 |
TECTO MÁXIMO (m) | 6500 |
RAIO DE ACÇÃO (km) | 2300 |
AUTONOMIA (h) | |
ARMAMENTO | Armas: 7 × metralhadoras MG15 ou MG81 de 7,92mm, podendo 2 ser substituidas por 1 × 20 mm MG FF canhão (no nariz central ou posição ventral para a frente) 1 metralhadora MG 131 de 13 milímetros (dorsal ou ventral traseira ) Bombas: 2,000 kg no compartimento interno ou Até 3,600 kg em suportes externos (esta solução bloqueia o compartimento interno e o peso adicional prejudica o desempenho da aeronave de forma significativa. Com carga máxima geralmente era necessário descolagem assistida por foguetes.) |
GALERIA | ||
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HISTÓRIA |
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Muitos estudiosos sobre o maior conflito da história, a Segunda Guerra Mundial, atribuem a derrota alemã a diversos fatores entre os quais, a ausência total de um bombardeiro pesado.
O único aparelho que supriu parcialmente esta lacuna nas operações de vulto da Luftwaffe, foi o bombardeiro médio Heinkel He 111. O Heinkel, serviu em todas as frentes de combate, desde das estepes da URSS até as areias do Mar Mediterrâneo, passando pelo seu desastre na Batalha da Inglaterra e terminando a guerra como transporte de suprimentos até o armistício de maio de 1945.
Em 1934 o governo alemão começava a infringir as imposições do Tratado de Versailles e reconstruir uma nova força aérea de grandes dimensões. Para ocultar os projetos de rearmamento, o Alto Comando procurou disfarçar a construção de aparelhos, afirmando que era direcionada às linhas comerciais como a Lufthansa.
O Heinkel He 111 nasceu nesta atmosfera, quando os irmãos Siegfried e Walter Günther da equipe de engenheiros da Heinkel assinaram o projeto que ampliava o modelo He 70 Blitz da Lufthansa, dando-lhe dois propulsores, asas e caudas elípticas. O primeiro protótipo com dois BMW VI 6,0-Z de 600 cv, fez seu vôo inaugural em 25 de fevereiro de 1935.
O sucesso foi tal, que em 1936 a Lufthansa já havia adotado seis He 111C-0 de dez lugares e, simultaneamente, operavam secretamente cerca de dez unidades em versões militares que no entanto tinham um desempenho abaixo do esperado quando carregados com equipamentos bélicos .
Como resposta, a Heinkel iniciou a produção da versão B, equipada com motores Daimer-Benz 600A de 1000cv, mas o aumento de peso reduzia a velocidade da aeronave para 360Km/h. Apesar disso no final de 1936 a Luftwaffe adotava a versão B-1, com motores Daimer-Benz 600C de 880cv que compuseram as primeiras unidades de bombardeiros da Luftwaffe (Kampfgeschwader).
Com o início da Guerra Civil Espanhola em 1936, tropas italianas e alemãs foram enviadas clandestinamente para apoiar as forças nacionalistas do General Francisco Franco com o objetivo de derrotar os republicanos (apoiados pelos soviéticos e por uma brigada internacional). Além de tanques e tropas terrestres, Hitler enviou a Legião Condor, uma unidade de combate aéreo equipada principalmente com caças monopostos Arado Ar 68 e posteriormente Bf 109 e bombardeiros He 111B-1.
Um ano mais tarde, estrearam os novos He 111B-2 com motores DB 603CG de 950cv. Porém, a falta desses motores ocasionou a criação de outros dois modelos, o He 111D-0 e D-1, equipados com motores DB 600Ga e 950cv de potência. Foi também desenvolvido uma versão muito semelhante, aos outros aparelhos anteriores, que recebeu a designação de He 111E que levava bombas num compartimento interno.
Com o passar do tempo, o He 111 provou ser um avião de difícil construção, principalmente o fabrico das suas complexas asas. Mediante isso, a aeronave sofreu diversas modificações para simplificar sua produção, o que originou na variante F. Em 1938 os motores, Jumo 211A-3 de 1100cv, equiparam os únicos nove aparelhos da versão G. Ao mesmo tempo, produziram-se 90 aparelhos da versão J concebida como torpedeiro e o modelo He 111P, que incorporou uma metralhadora na frente e melhorou a visibilidade da tripulação.
A data da invasão da Polônia em 01 de setembro de 1939, a Alemanha possuía em condições de voo 705 He 111 nas versões H, P, E e J que no momento em que as forças polacas recuaram para Varsóvia, lançaram violentos ataques contra a cidade.
Durante a Campanha da Holanda, aviões He 111 da KG54 despejaram 97 toneladas de bombas sobre Roterdão, depois da capitulação do governo holandês, matando, 814 civis.
Já na Batalha da Inglaterra os modelos em operação eram os das versões H e P que se mostraram um adversário fácil para a RAF (apesar da sua estrutura suportar muitos danos, foram abatidos 246 dos 500 He 111H empregues na Batalha). Durante a Batalha da Inglaterra, o He 111 mostrou-se um
aparelho obsoleto perante os novos caças Spitfire e Huricane.Por isso a partir de 1942, os Junkers Ju 88, tomariam seu lugar como bombardeiro principal da Luftwaffe e a utilização do He 111 passou a ser secundária e restrita ao transporte de suprimentos, sendo também usados para o reboque de planadores.
Quando o 6º Exército Alemão, liderado pelo Generalfeldmarshal Friedrich Paulus, suportava o cerco das tropas soviéticas a Estalinegrado, os He 111 foram usados para, transportar alimentos, munições e resgatar alguns feridos. A operação não seria no entanto capaz de evitar a rendição alemã.
Os últimos He 111 estiveram em serviço na Luftwaffe até o final da guerra. A última operação bem sucedida foi realizada em junho de 1944, quando bombardearam o aeroporto soviético de Poltava, onde estavam 114 B-17 Flying Fortress e seus caças de escolta P-51 Mustang, destruindo 58 dos
aparelhos ali estacionados. No final do ano, os He 111 eram a espinha dorsal do Transportgruppe 30, que lançou pára-quedistas disfarçados de americanos atrás das linhas aliadas na Batalha das Ardenas.
Após o final da Segunda Guerra, em 1945, a empresa espanhola CASA produziu cerca de 200 unidades do Heinkel-111 com motores Rolls Royce Merlin britânicos para utilização em Espanha, tendo-se mantido ao serviço até 1956, ou seja, mais de 20 anos após seu vôo inaugural.
Muitos estudiosos sobre o maior conflito da história, a Segunda Guerra Mundial, atribuem a derrota alemã a diversos fatores entre os quais, a ausência total de um bombardeiro pesado.
O único aparelho que supriu parcialmente esta lacuna nas operações de vulto da Luftwaffe, foi o bombardeiro médio Heinkel He 111. O Heinkel, serviu em todas as frentes de combate, desde das estepes da URSS até as areias do Mar Mediterrâneo, passando pelo seu desastre na Batalha da Inglaterra e terminando a guerra como transporte de suprimentos até o armistício de maio de 1945.
Em 1934 o governo alemão começava a infringir as imposições do Tratado de Versailles e reconstruir uma nova força aérea de grandes dimensões. Para ocultar os projetos de rearmamento, o Alto Comando procurou disfarçar a construção de aparelhos, afirmando que era direcionada às linhas comerciais como a Lufthansa.
O Heinkel He 111 nasceu nesta atmosfera, quando os irmãos Siegfried e Walter Günther da equipe de engenheiros da Heinkel assinaram o projeto que ampliava o modelo He 70 Blitz da Lufthansa, dando-lhe dois propulsores, asas e caudas elípticas. O primeiro protótipo com dois BMW VI 6,0-Z de 600 cv, fez seu vôo inaugural em 25 de fevereiro de 1935.
O sucesso foi tal, que em 1936 a Lufthansa já havia adotado seis He 111C-0 de dez lugares e, simultaneamente, operavam secretamente cerca de dez unidades em versões militares que no entanto tinham um desempenho abaixo do esperado quando carregados com equipamentos bélicos .
Como resposta, a Heinkel iniciou a produção da versão B, equipada com motores Daimer-Benz 600A de 1000cv, mas o aumento de peso reduzia a velocidade da aeronave para 360Km/h. Apesar disso no final de 1936 a Luftwaffe adotava a versão B-1, com motores Daimer-Benz 600C de 880cv que compuseram as primeiras unidades de bombardeiros da Luftwaffe (Kampfgeschwader).
Com o início da Guerra Civil Espanhola em 1936, tropas italianas e alemãs foram enviadas clandestinamente para apoiar as forças nacionalistas do General Francisco Franco com o objetivo de derrotar os republicanos (apoiados pelos soviéticos e por uma brigada internacional). Além de tanques e tropas terrestres, Hitler enviou a Legião Condor, uma unidade de combate aéreo equipada principalmente com caças monopostos Arado Ar 68 e posteriormente Bf 109 e bombardeiros He 111B-1.
Um ano mais tarde, estrearam os novos He 111B-2 com motores DB 603CG de 950cv. Porém, a falta desses motores ocasionou a criação de outros dois modelos, o He 111D-0 e D-1, equipados com motores DB 600Ga e 950cv de potência. Foi também desenvolvido uma versão muito semelhante, aos outros aparelhos anteriores, que recebeu a designação de He 111E que levava bombas num compartimento interno.
Com o passar do tempo, o He 111 provou ser um avião de difícil construção, principalmente o fabrico das suas complexas asas. Mediante isso, a aeronave sofreu diversas modificações para simplificar sua produção, o que originou na variante F. Em 1938 os motores, Jumo 211A-3 de 1100cv, equiparam os únicos nove aparelhos da versão G. Ao mesmo tempo, produziram-se 90 aparelhos da versão J concebida como torpedeiro e o modelo He 111P, que incorporou uma metralhadora na frente e melhorou a visibilidade da tripulação.
A data da invasão da Polônia em 01 de setembro de 1939, a Alemanha possuía em condições de voo 705 He 111 nas versões H, P, E e J que no momento em que as forças polacas recuaram para Varsóvia, lançaram violentos ataques contra a cidade.
Durante a Campanha da Holanda, aviões He 111 da KG54 despejaram 97 toneladas de bombas sobre Roterdão, depois da capitulação do governo holandês, matando, 814 civis.
Já na Batalha da Inglaterra os modelos em operação eram os das versões H e P que se mostraram um adversário fácil para a RAF (apesar da sua estrutura suportar muitos danos, foram abatidos 246 dos 500 He 111H empregues na Batalha). Durante a Batalha da Inglaterra, o He 111 mostrou-se um
aparelho obsoleto perante os novos caças Spitfire e Huricane.Por isso a partir de 1942, os Junkers Ju 88, tomariam seu lugar como bombardeiro principal da Luftwaffe e a utilização do He 111 passou a ser secundária e restrita ao transporte de suprimentos, sendo também usados para o reboque de planadores.
Quando o 6º Exército Alemão, liderado pelo Generalfeldmarshal Friedrich Paulus, suportava o cerco das tropas soviéticas a Estalinegrado, os He 111 foram usados para, transportar alimentos, munições e resgatar alguns feridos. A operação não seria no entanto capaz de evitar a rendição alemã.
Os últimos He 111 estiveram em serviço na Luftwaffe até o final da guerra. A última operação bem sucedida foi realizada em junho de 1944, quando bombardearam o aeroporto soviético de Poltava, onde estavam 114 B-17 Flying Fortress e seus caças de escolta P-51 Mustang, destruindo 58 dos
aparelhos ali estacionados. No final do ano, os He 111 eram a espinha dorsal do Transportgruppe 30, que lançou pára-quedistas disfarçados de americanos atrás das linhas aliadas na Batalha das Ardenas.
Após o final da Segunda Guerra, em 1945, a empresa espanhola CASA produziu cerca de 200 unidades do Heinkel-111 com motores Rolls Royce Merlin britânicos para utilização em Espanha, tendo-se mantido ao serviço até 1956, ou seja, mais de 20 anos após seu vôo inaugural.
EM PORTUGAL |
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DESENHOS |
PERFIL |
FONTES |
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http://www.luftwaffe39-45.historia.nom.br/aero/aero.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Heinkel_He_111
http://www.luftwaffe39-45.historia.nom.br/aero/aero.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Heinkel_He_111
VER TAMBÉM |
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Wings of the Luftwaffe - He-111 - Secret Bombers
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