Junkers Ju 87 Stuka

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ESPECIFICAÇÕES
ANO
1935
PAIS DE ORIGEM
Alemanha
TIPO
Bombardeiro de mergulho
MODELO
Ju87 G-2 (caça tanques)
TRIPULAÇÃO
2
MOTOR
Junkers Jumo-211J-1
PESO MAXIMO (kg)
5960
PESO VAZIO (kg)
3930
ENVERGADURA  (m)
14.98
COMPRIMENTO (m)
11.50
ALTURA (m)
3.88
VELOCIDADE MÁXIMA  (km/h)
396
TECTO MÁXIMO  (m)
7360
RAIO DE ACÇÃO (km)
1530
AUTONOMIA (h)

ARMAMENTO
2 canhões BK3.7 de 37mm
2 metralhadoras MG-157 de 9mm
Fonte:Enzo Angelucci; ”The world enciclopédia of military Aircraft”
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GALERIA
Ju 87D em voo, 1943

Ju 87 da FA Italiana capturado por forças britânicas

Motor Junkers Jumo 211 de um Ju 87 em reparação, Norte África, 1941

Ju 87G-1  com dois canhões BK de 37mm nas asas

Ju 87 do Museu Liberty Park em Overloon, Holanda

Ju 87B, sobrevoando a Polónia, 1939

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HISTÓRIA
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Os soldados e civis que participaram ou presenciaram a invasão alemã na Europa, principalmente durante os primeiros meses da Blitzkrieg, descreviam que, durante aos bombardeamentos, um certo avião mergulhava ao som agudo de uma sirene, em ângulos quase retos, sobre tudo o que mexia despejando bombas e terror. Esse avião era o odiado e temido "Stuka".

O Stuka não era uma simples arma de guerra, cujo propósito era destruir seu alvo, mas também uma ferramenta bélica com o objetivo psicológico de aterrorizar um adversário não habituado ao novo conceito de guerra relâmpago.

Durante os primeiros anos da Blitzkrieg e mesmo antes, durante a Guerra Civil Espanhola o Stuka desempenhou um papel importante para as vitórias alemãs na Polônia, Países Baixos, França e no início da Operação Barbarossa (invasão da URSS).

A sua origem remonta ao ano de 1931 Ernst Udet presenciou a demonstração de um Curtiss Hawk tendo ficado impressionado com a sua capacidade de mergulhar em ângulos quase retos, soltando sacos de areia exatamente no centro de um pequeno espaço demarcado. A partir daí Ernst Udet tornou-se um defensor deste novo conceito de bombardeamento de precisão em voo picado, “Sturzkampfflugzeug”, através do qual era possível efetuar ataques a alvos de pequena dimensão, como blindados e concentrações de tropas.

Após a consolidação dos nazis no poder, Göring, influenciado pelo seu amigo Ernst Udet, iniciou o desenvolvimento de um projeto para um bombardeiro de mergulho tendo para tal designado a fábrica de aviões Junkers.

Em abril de 1935, o engenheiro Pohlmann e toda a equipe técnica da Junkers, apresentava o primeiro protótipo do Ju 87, denominado V-1. O modelo era um tanto bizarro, possuía linhas pouco ortodoxas: asas de duplo diedro, um trem de aterragem fixo e robusto e com carenagem integral até a parte inferior das asas.

No mesmo ano, a Alemanha divulgava a existência de uma Força Aérea completamente independente: a Luftwaffe. Ao mesmo tempo, dava continuidade ao desenvolvimento do Stuka. Em 1936, a versão A-1 (com um motor de 640cv), ainda muito semelhante ao protótipo, deixava as linhas de montagens para equipar as primeiras unidades operacionais, denominadas Stukageschwaders.

Em 1937, a eclosão da Guerra Civil Espanhola deu a oportunidade á Alemanha de enviar - por meio da Legião Condor - cerca de 200 aviões, entre os quais os novos Ju 87A-1. Os Stukas participaram em diversas operações contra as forças republicanas semeado o terror nas cidades sob seu domínio. Neste mesmo ano estiveram envolvidos no triste episódio do bombardeio à cidade de Guernica, imortalizado por Picasso.

Poucos Stukas foram perdidos durante as operações em Espanha, a maioria delas ocorreu devido às velocidades alucinantes que desenvolviam durante o mergulho, durante os quais muitos pilotos perdiam a consciência.

Mas essas falhas seriam corrigidas pelos instrutores de voo durante os treinos e na nova versão B-1 que entrava em serviço. Nessa versão, o Ju 87 trocou a carnagem total do trem de aterragem, por uma parcial, sem contar que novas modificações mecânicas estéticas foram incluídas, entre essas a nova cabina e o novo motor de 1100 cv.

Essa nova variante, entrou em combate na Campanha da Polônia, a partir de 1º de setembro de 1939, onde foi utilizada maciçamente. O Stuka repetiu o mesmo desempenho nas campanhas da Dinamarca, Países Baixos, Bélgica e França.

Equipados com uma sirene que emitia um uivo tenebroso quando estavam em mergulho - segundo a lenda, uma ideia do próprio Hitler - formações de Stukas despejavam bombas sobre concentrações de tropas, vias férreas, pontes, e edifícios, semeando o caos. É particularmente relembrado pelas operações de terror em que Stukas que atacavam as estradas de França repletas de civis que com o seu parcos haveres fugiam perante o avanço dos exércitos alemães durante a batalha de França.

O uso dos Stukas desta forma só foi possível porque durante este período a Luftwaffe era a dona em absoluto dos céus da Europa, facto em parte justificado pelas forças aéreas dos países atacados estarem na sua maioria equipadas com aviões obsoletos datados do início dos anos 30.

O Ju 87 encontraria seu oponente no verão de 1940.

Com a derrota da França e o início dos bombardeios à costa inglesa numa tentativa de destruir a RAF, foram deslocados 200 Stukas para essa frente. Contudo os Ju 87, com baixa velocidade de cruzeiro, eram facilmente abatidos pelos caças Supermarine Spitfire e Hawker Hurricane britânicos. Não só o Stuka, mas outros aviões alemães como o Messerschmitt Bf 110, demonstraram incapacidade para ultrapassar as defesas inglesas, mostrando-se muito vulneráveis a nova geração de caças.

Devido ao grande número de perdas os Junkers Ju 87, foram retirados da campanha de Inglaterra , em 14 de novembro de 1940 e as esquadrilhas remanescentes, foram enviadas para a Campanha dos Balcãs, em 1941.

Longe dos domínios da RAF os Stukas foram usados com sucesso na invasão de Creta, a Operação Merkur. Foram usados no Mediterrâneo contra a Royal Navy, tendo sido responsáveis pela destruição dos navios britânicos HMS Greyhound, HMS Kelly e HMS Kashmir, além de danificarem os cruzadores HMS Gloucester e HMS Fiji, e o porta-aviões HMS Illustrious. Neste teatro é introduzida a versão D-1 do Stuka, com novo motor de 1400 cv e maior cadência de tiros nas metralhadoras de defesa.
A durante o primeiro ano da Operação Barbarrossa iniciada em junho de 1941 os Stukas foram usados com sucesso mas mais uma vez , com a chegada de novas aeronaves russas, como os Il-2, Yaks e Migs, o Ju 87 revelou-se um aparelho velho e lento, sendo presa fácil para a aviação russa. Nessa época já se pensava num substituto para os Stukas, o Henschel Hs 129 e o Focke-Wulf Fw 190F tomariam parcialmente seu lugar.

Além da Luftwaffe, a Romênia, a Itália, a Hungria e a Bulgária utilizaram versões do Stuka.

Atualmente, dos 5.709 Ju 87 fabricados ao longo de quase dez anos, apenas dois encontram-se preservados, um Ju 87G-2 no Museu da RAF em Hendon (Inglaterra) e um Ju 87B-2/Trop  do Museum of Science and Industry em Chicago (EUA).

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Wings of the Luftwaffe - Ju-87 - Stuka



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