ESPECIFICAÇÕES | |
ANO | 1941 |
PAIS DE ORIGEM | Reino Unido |
TIPO | Caça bombardeiro |
MODELO | MkIB |
TRIPULAÇÃO | 1 |
MOTOR | Napier "Sabre IIA" |
PESO MAXIMO (kg) | 5170 |
PESO VAZIO (kg) | 3992 |
ENVERGADURA (m) | 12.7 |
COMPRIMENTO (m) | 9.7 |
ALTURA (m) | 4.7 |
VELOCIDADE MÁXIMA (km/h) | 673 |
TECTO MÁXIMO (m) | 10360 |
RAIO DE ACÇÃO (km) | |
ALCANCE (km) | 1530 (980 com carga total) |
ARMAMENTO | 4 canhões Hispano Mk II de 20mm e até 900kg de armas (bombas, foguetes...) sob as asas. |
--
GALERIA | ||
--
HISTÓRIA |
--
No início da II Guerra Mundial, os aviões de combate eram geralmente construídos para a velocidade e manobrabilidade. Durante a guerra, no entanto, a ênfase foi colocada cada vez mais no tamanho e poder de fogo. A contribuição britânica para estes poderosos aviões foi uma série de caças Hawker, o "Typhoon", "Tempest", e "Sea Fury". O Hawker Typhoon foi o resultado de uma especificação Ministério do Ar, que alcançou forma final no início de 1938 e especificado um caça interceptor fortemente armado para destruir caças pesados de escolta de longo alcance. A especificação previa um armamento de doze metralhadoras Browning de 7,7 milímetros, ou, de preferência, quatro canhões de 20mm. Esse armamento pesado significava uma aeronave pesada para a qual seria necessário um motor muito poderoso.
No início da II Guerra Mundial, os aviões de combate eram geralmente construídos para a velocidade e manobrabilidade. Durante a guerra, no entanto, a ênfase foi colocada cada vez mais no tamanho e poder de fogo. A contribuição britânica para estes poderosos aviões foi uma série de caças Hawker, o "Typhoon", "Tempest", e "Sea Fury". O Hawker Typhoon foi o resultado de uma especificação Ministério do Ar, que alcançou forma final no início de 1938 e especificado um caça interceptor fortemente armado para destruir caças pesados de escolta de longo alcance. A especificação previa um armamento de doze metralhadoras Browning de 7,7 milímetros, ou, de preferência, quatro canhões de 20mm. Esse armamento pesado significava uma aeronave pesada para a qual seria necessário um motor muito poderoso.
A equipe de projeto no âmbito do bem-conhecido Sydney Camm da Hawker já estava trabalhando em projetos para intercetores poderosos que se encaixam na especificação do Ministério do Ar.
Num projecto seria instalado o novo Rolls-Royce Vulture conhecido como o "Type R", e no outro seria instalado o motor Napier Sabre conhecido como o "Tipo N". Foram aceites as duas proposta e pedida a construção de dois protótipos de cada aeronave. O primeiro seria chamado "Tornado", enquanto o segundo receberia a designação de "Typhoon".
O programa de teste passou através de 1940, e pelo verão de 1941 tanto o Tornado como o Typhoon pareciam estar perto de produção - exceto pelo fato de que os motores, dos quais muito se esperava, se tinham manifestado como autênticos pesadelos mecânicos. O programa de desenvolvimento do Vulture foi particularmente problemático o que culminou com o seu cancelamento, e consequentemente com o cancelamento do Tornado em agosto de 1940.
Á Hawker e á RAF restava o Typhoon. Apesar dos problemas iniciais, não totalmente solucionados, com o motor Sabre e com a manifestação de algumas falhas estruturais, o Typhoon começou a sair das linhas de produção em maio de 1941, com entregas iniciais para esquadrões da RAF em setembro de 1941.
A primeiro produção de Typhoon recebeu doze metralhadoras de 7,7 milímetros, mas, rapidamente foram substituídas por quatro canhões Hispano Mk II de 20 milímetros quando este ficou disponível.
A aeronave era rápida e poderosa a baixas altitudes, mas sofria de baixa taxa de subida e mau desempenho a alta altitude. Na verdade, o Typhon tinha mais do que a sua quota de problemas iniciais. O cockpit tinha baixa visibilidade; os controlos eram pesados; o controlo a baixa velocidade era deficiente; o motor Sabre tendia a incendiar-se no arranque; tinha fugas de monóxido de carbono na cabina do piloto que exigiu a utilização contínua de oxigênio; e a seção da cauda tendia a partir-se devido a deficiências estruturais.
Vários pilotos de teste foram mortos no Typhoon. Dos primeiro 142 entregues, apenas sete não foram envolvidos em acidentes graves, devido a falhas estruturais ou de motor. Isto quase conduziu ao encerramento do projeto não fosse o aparecimento em 1941 dos caças bombardeiros de baixa altitude, Focke-Wulf FW-190 da Luftwaffe em ataques a instalações estratégicas costeiras britânicas. O Typhoon foi o único caça da RAF suficientemente rápido para intercetar, perseguir e abater os atacantes.
As perspetivas de sobrevivência do Typhoon melhoraram em 1942, quando se tornou óbvio que a sua fuselagem reforçada, o robusto e potente motor e o armamento pesado faziam dele um excelente caça-bombardeiro.
Melhorias incrementais foram feitas ao Typhoon em produção. Uma das mais significativas foi a substituição da canópia de estilo automóvel, por uma canópia de deslizamento com formato de bolha, o que melhorou o campo de visão do piloto. Esta solução foi de imediato implementada nas aeronaves americanas North American P-51 Mustang e Republic P-47 Thunderbolt.
Também o motor Sabre foi sendo melhorado quer em potência quer em fiabilidade (ao "Sabre IIA", de 2.180cv, seguiu-se o "Sabre IIB" de 2.200cv, que foi precedido pelo "Sabre IIC" de 2260cv), embora nunca tenha sido ultrapassada a terrível tendência de se incendiar durante o arranque. Para melhor e para pior, o Sabre era um motor único.
No período que antecedeu o dia D, foram atribuídas ao Typhoon pela RAF as funções de ataque a alvos terrestres para abrir caminho a futura invasão de França que estava a ser planeada. Os Typhoons ajudaram a pavimentar o caminho para a invasão destruindo estações de radar costeiras, comboios de reabastecimento alemães e todo o tipo de alvos terrestres. Durante a invasão iniciada com o dia D o Typhoon passou a ser usado como caça bombardeiro de apoio próximo ao avanço das unidades terrestres, operando a partir de pistas construídas às pressas por trás das linhas de frente.
Ao todo foram construídos cerca de 3300 Typhoons que serviram em 26 esquadrões da RAF. A aeronave é hoje lembrada quase tanto quanto pelas suas falhas como pelas suas virtudes.
![]() |
Hawker Typhoon Mk IA |
O programa de teste passou através de 1940, e pelo verão de 1941 tanto o Tornado como o Typhoon pareciam estar perto de produção - exceto pelo fato de que os motores, dos quais muito se esperava, se tinham manifestado como autênticos pesadelos mecânicos. O programa de desenvolvimento do Vulture foi particularmente problemático o que culminou com o seu cancelamento, e consequentemente com o cancelamento do Tornado em agosto de 1940.
Á Hawker e á RAF restava o Typhoon. Apesar dos problemas iniciais, não totalmente solucionados, com o motor Sabre e com a manifestação de algumas falhas estruturais, o Typhoon começou a sair das linhas de produção em maio de 1941, com entregas iniciais para esquadrões da RAF em setembro de 1941.
A primeiro produção de Typhoon recebeu doze metralhadoras de 7,7 milímetros, mas, rapidamente foram substituídas por quatro canhões Hispano Mk II de 20 milímetros quando este ficou disponível.
![]() |
Rearmamento de um Typhoon |
Vários pilotos de teste foram mortos no Typhoon. Dos primeiro 142 entregues, apenas sete não foram envolvidos em acidentes graves, devido a falhas estruturais ou de motor. Isto quase conduziu ao encerramento do projeto não fosse o aparecimento em 1941 dos caças bombardeiros de baixa altitude, Focke-Wulf FW-190 da Luftwaffe em ataques a instalações estratégicas costeiras britânicas. O Typhoon foi o único caça da RAF suficientemente rápido para intercetar, perseguir e abater os atacantes.
As perspetivas de sobrevivência do Typhoon melhoraram em 1942, quando se tornou óbvio que a sua fuselagem reforçada, o robusto e potente motor e o armamento pesado faziam dele um excelente caça-bombardeiro.
Melhorias incrementais foram feitas ao Typhoon em produção. Uma das mais significativas foi a substituição da canópia de estilo automóvel, por uma canópia de deslizamento com formato de bolha, o que melhorou o campo de visão do piloto. Esta solução foi de imediato implementada nas aeronaves americanas North American P-51 Mustang e Republic P-47 Thunderbolt.
Também o motor Sabre foi sendo melhorado quer em potência quer em fiabilidade (ao "Sabre IIA", de 2.180cv, seguiu-se o "Sabre IIB" de 2.200cv, que foi precedido pelo "Sabre IIC" de 2260cv), embora nunca tenha sido ultrapassada a terrível tendência de se incendiar durante o arranque. Para melhor e para pior, o Sabre era um motor único.
![]() |
Hawker Typhoon do 175º da RAF, Normandia 1944 |
No período que antecedeu o dia D, foram atribuídas ao Typhoon pela RAF as funções de ataque a alvos terrestres para abrir caminho a futura invasão de França que estava a ser planeada. Os Typhoons ajudaram a pavimentar o caminho para a invasão destruindo estações de radar costeiras, comboios de reabastecimento alemães e todo o tipo de alvos terrestres. Durante a invasão iniciada com o dia D o Typhoon passou a ser usado como caça bombardeiro de apoio próximo ao avanço das unidades terrestres, operando a partir de pistas construídas às pressas por trás das linhas de frente.
Ao todo foram construídos cerca de 3300 Typhoons que serviram em 26 esquadrões da RAF. A aeronave é hoje lembrada quase tanto quanto pelas suas falhas como pelas suas virtudes.
EM PORTUGAL |
--
DESENHOS |
PERFIL |
FONTES |
--
http://www.airvectors.net/avcfury.html
Enzo Angelucci; plate 112; ”The world enciclopédia of military Aircraft”
http://www.airvectors.net/avcfury.html
Enzo Angelucci; plate 112; ”The world enciclopédia of military Aircraft”
--
Sem comentários:
Enviar um comentário