Hawker Typhoon

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ESPECIFICAÇÕES
ANO
1941
PAIS DE ORIGEM
Reino Unido
TIPO
Caça bombardeiro
MODELO
MkIB
TRIPULAÇÃO
1
MOTOR
Napier "Sabre IIA"
PESO MAXIMO (kg)
5170
PESO VAZIO (kg)
3992
ENVERGADURA  (m)
12.7
COMPRIMENTO (m)
9.7
ALTURA (m)
4.7
VELOCIDADE MÁXIMA  (km/h)
673
TECTO MÁXIMO  (m)
10360
RAIO DE ACÇÃO (km)

ALCANCE (km)
1530 (980 com carga total)
ARMAMENTO
4 canhões Hispano Mk II de 20mm e até 900kg de armas (bombas, foguetes...) sob as asas.
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GALERIA
Rearmamento de um Typhoon

Typhoon MkIB do 486 esquadrão da RAF em 1943

Aterragem de um Typhon

Piloto do esquadrão 175 da RAF correndo para o seu Typhoon, Normandia 1944

Typhoon Mk I A, 1944

Aterragem de um Typhon do 439 esquadrão

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HISTÓRIA
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No início da II Guerra Mundial, os aviões de combate eram geralmente construídos para a velocidade e manobrabilidade. Durante a guerra, no entanto, a ênfase foi colocada cada vez mais no tamanho e poder de fogo. A contribuição britânica para estes poderosos aviões foi uma série de caças Hawker, o "Typhoon", "Tempest", e "Sea Fury". O Hawker Typhoon foi o resultado de uma especificação Ministério do Ar, que alcançou forma final no início de 1938 e especificado um caça interceptor fortemente armado para destruir ​​caças pesados de escolta de longo alcance. A especificação previa um armamento de doze metralhadoras Browning de 7,7 milímetros, ou, de preferência, quatro canhões de 20mm. Esse armamento pesado significava uma aeronave pesada para a qual seria necessário um motor muito poderoso.
A equipe de projeto no âmbito do bem-conhecido Sydney Camm da Hawker já estava trabalhando em projetos para intercetores poderosos que se encaixam na especificação do Ministério do Ar.


Hawker Typhoon Mk IA
Num projecto seria instalado o novo Rolls-Royce Vulture conhecido como o "Type R", e no outro seria instalado o motor Napier Sabre conhecido como o "Tipo N". Foram aceites as duas proposta e pedida a construção de dois protótipos de cada aeronave. O primeiro seria chamado "Tornado", enquanto o segundo receberia a designação de "Typhoon".

O programa de teste passou através de 1940, e pelo verão de 1941 tanto o Tornado como o Typhoon pareciam estar perto de produção - exceto pelo fato de que os motores, dos quais muito se esperava, se tinham manifestado como autênticos pesadelos mecânicos. O programa de desenvolvimento do Vulture foi particularmente problemático o que culminou com o seu cancelamento, e consequentemente com o cancelamento do Tornado em agosto de 1940.

Á Hawker e á RAF restava o Typhoon. Apesar dos problemas iniciais, não totalmente solucionados, com o motor Sabre e com a manifestação de algumas falhas estruturais, o Typhoon começou a sair das linhas de produção em maio de 1941, com entregas iniciais para esquadrões da RAF em setembro de 1941.

A primeiro produção de Typhoon recebeu doze metralhadoras de 7,7 milímetros, mas, rapidamente foram substituídas por quatro canhões Hispano Mk II de 20 milímetros quando este ficou disponível.

Rearmamento de um Typhoon
A aeronave era rápida e poderosa a baixas altitudes, mas sofria de baixa taxa de subida e mau desempenho a alta altitude. Na verdade, o Typhon tinha mais do que a sua quota de problemas iniciais. O cockpit tinha baixa visibilidade; os controlos eram pesados; o controlo a baixa velocidade era deficiente; o motor Sabre tendia a incendiar-se no arranque; tinha fugas de monóxido de carbono na cabina do piloto que exigiu a utilização contínua de oxigênio; e a seção da cauda tendia a partir-se devido a deficiências estruturais.

Vários pilotos de teste foram mortos no Typhoon. Dos primeiro 142 entregues, apenas sete não foram envolvidos em acidentes graves, devido a falhas estruturais ou de motor. Isto quase conduziu ao encerramento do projeto não fosse o aparecimento em 1941 dos caças bombardeiros de baixa altitude, Focke-Wulf FW-190 da Luftwaffe em ataques a instalações estratégicas costeiras britânicas. O Typhoon foi o único caça da RAF suficientemente rápido para intercetar, perseguir e abater os atacantes.

As perspetivas de sobrevivência do Typhoon melhoraram em 1942, quando se tornou óbvio que a sua fuselagem reforçada, o robusto e potente motor e o armamento pesado faziam dele um excelente caça-bombardeiro.

Melhorias incrementais foram feitas ao Typhoon em produção. Uma das mais significativas foi a substituição da canópia de estilo automóvel, por uma canópia de deslizamento com formato de bolha, o que melhorou o campo de visão do piloto. Esta solução foi de imediato implementada nas aeronaves americanas North American P-51 Mustang e Republic P-47 Thunderbolt.

Também o motor Sabre foi sendo melhorado quer em potência quer em fiabilidade (ao "Sabre IIA", de 2.180cv, seguiu-se o "Sabre IIB" de 2.200cv, que foi precedido pelo "Sabre IIC" de 2260cv), embora nunca tenha sido ultrapassada a terrível tendência de se incendiar durante o arranque. Para melhor e para pior, o Sabre era um motor único.
Hawker Typhoon do 175º da RAF, Normandia 1944


No período que antecedeu o dia D, foram atribuídas ao Typhoon pela RAF as funções de ataque a alvos terrestres para abrir caminho a futura invasão de França que estava a ser planeada. Os Typhoons ajudaram a pavimentar o caminho para a invasão destruindo estações de radar costeiras, comboios de reabastecimento alemães e todo o tipo de alvos terrestres. Durante a invasão iniciada com o dia D o Typhoon passou a ser usado como caça bombardeiro de apoio próximo ao avanço das unidades terrestres, operando a partir de pistas construídas às pressas por trás das linhas de frente.

Ao todo foram construídos cerca de 3300 Typhoons que serviram em 26 esquadrões da RAF. A aeronave é hoje lembrada quase tanto quanto pelas suas falhas como pelas suas virtudes.


EM PORTUGAL
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
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http://www.airvectors.net/avcfury.html
Enzo Angelucci; plate 112; ”The world enciclopédia of military Aircraft”


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