Curtiss P-36 Hawk (Mohawk)

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ESPECIFICAÇÕES
ANO
1936
PAIS DE ORIGEM
USA
TIPO
Caça
MODELO
P-36A
TRIPULAÇÃO
1
MOTOR
TD Wright R-1820 Cyclone-G205A
PESO MAXIMO (kg)
2667
PESO VAZIO (kg)
2121
ENVERGADURA  (m)
11.28
COMPRIMENTO (m)
8.69
ALTURA (m)
2.82
VELOCIDADE MÁXIMA  (km/h)
518
TECTO MÁXIMO  (m)
9860
RAIO DE ACÇÃO (km)
1046
ALCANCE (km)

ARMAMENTO
2 metralhadoras 12.7mm sincronizada com a hélice montada na tampa do motor e 2 ou 4 metralhadoras 7.62mm montado nas asas do lado de fora do arco da hélice
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GALERIA
RAF Mohawk IV
India,1943

Curtiss Hawk 75A-3, Finlândia

Curtiss H75C-1, França

Curtiss P-36 Açores Portugal

Curtiss P-36 China

Curtiss P-36 USAF

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HISTÓRIA
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Na primeira metade da década de 1930, a força aérea do exército dos Estados Unidos colocou aos fabricantes de aeronaves do país, um pedido para que apresentassem propostas para um caça monolugar, monoplano, com estrutura em metal. Esta configuração estava a tornar-se standard entre as potências europeias e a situação internacional aconselhava aquele desenvolvimento.

Vários modelos de aeronaves foram apresentados e entre eles encontrava-se o projecto da Curtiss. O primeiro modelo que saiu das pranchetas foi o Curtiss Model-75.

O projecto acabou por perder o concurso para o concorrente o Seversky P-35. Porém, a instalação de um novo motor no modelo da Curtiss, reavivou o interesse pelo projeto e por isso por ser encomendado. A aeronave mais tarde receberia a designação de P-36 Hawk.

O primeiro dos protótipos ficou pronto em Fevereiro de 1937 e em Julho desse mesmo ano, foi colocada uma encomenda para 210 exemplares, que ficariam conhecidos como P-36A.

A aeronave acabaria por ser exportada para vários países europeus e também para países da América do Sul e para a China.

Ao serviço dos EUA, única participação dos P-36 na Segunda Guerra foi no ataque da Marinha Imperial Japonesa a Pearl Harbor, quando quatro P-36 conseguiram atacar uma formação de nove torpedeiros Nakajima B5N1 tendo conseguido abater dois.

Mesmo antes de o P-36A entrar em produção, a Força Aérea Francesa contratou com a Curtiss a compra de 300 aeronaves. Após a entrega dos primeiros exemplares, as aeronaves passaram a ser entregues em peças e montados na França tendo um total de 316 aeronaves sido entregues à França antes da ocupação alemã.
Ainda que não sendo uma aeronave de topo de gama, o P-36, foi o primeiro caça do mundo a abater um avião da força aérea do III Reich, após o inicio da guerra entra a Alemanha e a França. Tratou-se do abate de dois Me-109E em 8 de Setembro de 1939. Desde esse mês a Maio de 1940, dos 70 aviões alemães abatidos pelos franceses, a maioria foi resultado de ação do Hawk.
Porém, embora com alguns sucessos em sua carreira, o P-36 já estava obsoleto ainda antes do inicio da guerra e tanto os britânicos quanto os americanos tinham consciência disso. O motor radial e o desenho da aeronave não permitiam ao P-36 atingir as velocidades de outras aeronaves contemporâneas. O seu armamento de apenas duas metralhadoras 12.7mm era mínimo, quando comparado por exemplo com o Hurricane, que estava equipado com 8 metralhadoras 7.7mm.

A maior demonstração da rápida obsolescência do P-36 foi sua chegada à Royal Air Force. O Reino Unido veio a ficar na posse de 229 Hawks por meio de remessas desviadas da França ocupada e de aeronaves que conseguiram escapar á invasão alemã graças á fuga de pilotos franceses. A aeronave recebeu as designações Mohawk I a IV, correspondendo prospectivamente aos modelos Franceses Hawk 75A-1 e Hawk 75A-4, foram colocados em unidades de treino, porque os ingleses não quiseram correr o risco de utiliza-lo em combate.

Após a queda da França em outubro de 1940, a Alemanha concordou em vender à Finlândia os 44 caças Curtiss Hawk capturados que foram usados próximo do final da guerra em operações contra o exercito vermelho.
Os P-36 foram também usados pelos Países Baixos nas Índias Orientais Holandesas) e por Portugal.

EM PORTUGAL

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Portugal foi oficialmente neutro durante a Segunda Guerra Mundial, embora os Aliados fossem autorizados a utilizar ou estabelecer portos e aeroportos em vários territórios portugueses. Em resultado destas relações amistosas, o governo britânico entregou a Portugal, 11 Hawks da variante 75A.

A entrada ao serviço dos Curtiss Mohawk não foi pacífica. Primeiro, a falta de preparação dos pilotos – os mais aptos estavam destacados nos Açores com os Gladiator – pouco ou nada habituados a voar em aviões de trem retráctil, provocou algumas aterragens com o trem recolhido. Juntaram-se as frequentes avarias, que afectavam a prontidão para o voo. Ao fim de poucos meses de operação, podia concluir-se que os Curtiss Mohawk não eram os “excelentes e modernos caças”, como os ingleses tinham afirmado nas conversações governamentais. A afirmação era, evidentemente, falsa, pois que a RAF nunca os utilizou na Europa. Enviou-os para a África do Sul e Extremo Oriente, onde realmente prestaram bons serviços até 1944, num ambiente de guerra diferente do europeu.

Mais tarde em 1944 as aeronaves seriam transferidas da Base Aérea N° 3 em Tancos, para o Aeródromo de Rabo de Peixe, em S. Miguel, onde constituíram a Esquadrilha Expedicionária de Caça N° 3, substituindo a Esquadrilha Expedicionária N° 1 , que regressou ao Continente com os seus velhos Gloster Gladiator.

Não se obteve referências do seu regeresso ao Continente, o que deixa em aberto a possibilidade de terem sido abatidos ao serviço nos Açores em 1946.

DESENHOS
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PERFIL
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FONTES

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