ESPECIFICAÇÕES | |
ANO | 1957 |
PAIS DE ORIGEM | USA |
TIPO | Treino |
MODELO | T-37C |
TRIPULAÇÃO | 2 |
MOTOR | 2 × turboreactor Continental/Teledyne J69-T-25 |
PESO MAXIMO (kg) | 2981 |
PESO VAZIO (kg) | 1840 |
ENVERGADURA (m) | 10.35 |
COMPRIMENTO (m) | 8.92 |
ALTURA (m) | 2.8 |
VELOCIDADE MÁXIMA (km/h) | 684 |
TECTO MÁXIMO (m) | 11950 |
RAIO DE ACÇÃO (km) | 1500 |
ALCANCE (km) | |
ARMAMENTO |
Fonte:Wikipedia.org
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GALERIA | ||
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HISTÓRIA |
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Esta versão acabou por ser dirigida exclusivamente ao mercado de exportação no âmbito da assistência militar dos EUA, nunca foi usado pela USAF.
A produção do T-37 terminou em 1975 com um total de 1,269 aeronaves construídas, 444 T-37A e 552 T-37B para a USAF, e 273 T-37C para exportação.
O T-37 acabaria por entrar para a história da aviação e para a sua restrita "galeria da fama" após mais de cinquenta anos de serviço operacional, durante os quais formou, só nos EUA, um número superior a 78 000 pilotos para a USAF. Foi retirado oficialmente do inventário da USAF no dia 30 de julho de 2009.
O Cessna T-37 é um avião birreactor com trem de aterragem triciclo retráctil, bilugar lado-a-lado, designado pelo fabricante por Cessna 318. Desenvolvido no início de 1950 como avião de instrução básica de pilotagem, para a USAF, foi exportado e usado na mesma função por diversas forças aéreas. Uma aeronave de apoio aéreo próximo e anti-insurreição, foi desenvolvida com base no T-37C o A-37 Dragonfly, amplamente usado na guerra do Vietname mas cuja semelhança com o T-37 era apenas exterior.
Um dos factores primordiais no sucesso de uma força aérea no combate aéreo é a qualidade de treino dos seus pilotos, como inúmeras vezes ficou demonstrado nos conflitos ocorridos nos céus da Europa, Coreia, Vietname e Golfo Pérsico. O treino é a chave para a vitória, e começa com a instrução básica de pilotagem.
No início de 1950 a USAF pretendia um avião de treino a jacto, para o que abriu um programa e respectivo concurso de fornecimento, designado por TX (trainer experimental). Em 1953 a Força aérea anuncia a vitória da Cessna Aircraft Company na competição TX, encomendando três protótipos, designados oficialmente pela USAF por XT-37, tendo o primeiro feito o seu voo inaugural a 12 de outubro de 1954. Avaliados os protótipos e corrigidos vários dos problemas que apresentaram, a USAF considerou a aeronave aceitável para as suas necessidades e foi iniciada a produção do modelo designado T-37A. O primeiro T-37A saiu da linha de produção em 3 de Setembro de 1955 e formalmente aceite pela USAF em Junho de 1956.
No início de 1950 a USAF pretendia um avião de treino a jacto, para o que abriu um programa e respectivo concurso de fornecimento, designado por TX (trainer experimental). Em 1953 a Força aérea anuncia a vitória da Cessna Aircraft Company na competição TX, encomendando três protótipos, designados oficialmente pela USAF por XT-37, tendo o primeiro feito o seu voo inaugural a 12 de outubro de 1954. Avaliados os protótipos e corrigidos vários dos problemas que apresentaram, a USAF considerou a aeronave aceitável para as suas necessidades e foi iniciada a produção do modelo designado T-37A. O primeiro T-37A saiu da linha de produção em 3 de Setembro de 1955 e formalmente aceite pela USAF em Junho de 1956.
Desde o início que todas as versões do T-37 comungam de uma característica imutável, o estridente barulho provocado pela turbina do motor Continental-Teledyne J69. Este som determinou o seu baptismo como "Tweety Bird" ou simplesmente "tweet".
O T-37B, foi de longe a variante mais produzida; diferia da anterior principalmente pelo uso do motor Continental-Teledyne J69-T-25 mais potentes que o anterior. Este novo motor além de ter um custo operacional mais baixo, tempos de operação sem manutenção mais longos e um ciclo de vida expectável superior, possuia também um volume aproximadamente igual ao anterior, dispensando qualquer modificação ao nível da célula. Foram ainda actualizadas as comunicações, o sistema de navegação e o painel de instrumentos. Devido à colisão em voo com 133 aves, entre 1965 e 1970, foi adoptado um para-brisas fabricado em policarbonato, capacitado para suster o impacto de uma ave com 1,8 kg contra uma aeronave voando próximo dos 460 km/h.
No início de 1961 a Cessna começou o desenvolvimento de uma variante armada (T-37C), destinada a complementar a instrução de pilotagem com a instrução de armamento. Modificou um T-37B, com as asas mais resistentes aptas a suportar até 115 kg de armamento cada, para o que foram providenciados 2 suportes (um por cada asa), foi ainda criada a capacidade de utilização de depósitos de combustível de 245 litros nas pontas das asas, que podiam ser ejectados em caso de emergência. O armamento primário do T-37C era um pod General Electric multifunção com uma metralhadora de 12.7mm com 200 munições, e suportes para foguetes de 70 mm ou bombas de instrução. Podia também utilizar misseis ar-ar Sidewinder.
A produção do T-37 terminou em 1975 com um total de 1,269 aeronaves construídas, 444 T-37A e 552 T-37B para a USAF, e 273 T-37C para exportação.
O T-37 acabaria por entrar para a história da aviação e para a sua restrita "galeria da fama" após mais de cinquenta anos de serviço operacional, durante os quais formou, só nos EUA, um número superior a 78 000 pilotos para a USAF. Foi retirado oficialmente do inventário da USAF no dia 30 de julho de 2009.
EM PORTUGAL |
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«A Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu os primeiros 12 Cessna T-37C Tweety Bird, em Dezembro de 1962, fornecidos pelos Estados Unidos. Foram transportados por via marítima e montados nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) em Fevereiro de 1963. As restantes 18 aeronaves foram recebidas em lotes de seis, a partir de Março de 1964, perfazendo o total de 30 aviões. Os T-37 foram numerados de 2401 a 2430 e colocados na Base Aérea nº 1 (BA1), em Sintra, constituindo a Esquadra de Instrução Básica de Pilotagem nº 2 (EIBP2) Os Panchos, que, em conjunto com a Esquadra de Instrução Básica de Pilotagem nº 1 (EIPB1) equipada com North-American T-6, formavam o Grupo de Instrução Básica de Pilotagem (GIBP). Para melhorar o rendimento operacional, a EIPB2 dividiu-se em duas esquadrilhas:
- a Esquadrilha nº 1, os Feras e,
- a Esquadrilha nº 2, os Águias.
A EIBP2 iniciou a actividade, ministrando Tirocínio de Pilotagem aos alunos do Curso de pilotagem Aeronáutica da Academia Militar, passando posteriormente a ministrar também os Cursos Básicos de Pilotagem, numa primeira fase como tarefa repartida com a EIBP1 que, em meados de 1964, foi transferida para a então BA7, São Jacinto. »
«(...)No início de 1964, retomando a tradição da existência de uma patrulha acrobática portuguesa, dado que as patrulhas acrobáticas “Dragões” e “S. Jorge” foram desactivadas, a EIBP 2 começou por formar uma patrulha acrobática a que deu o nome da própria Esquadra - “Panchos” – com a finalidade de participar no festival a realizar em Alverca, em Julho desse ano. No entanto, a participação foi cancelada na sequência de um acidente ocorrido durante os treinos, de que resultou a destruição de um avião e a morte do piloto.
Foi em 1965 que Os Panchos tentaram retomar os treinos, mantendo uma actividade algo irregular durante vários anos. As exigências relacionadas com a formação de novos pilotos e a necessidade de transferir alguns pilotos-instrutores para o Ultramar impediam que os treinos tivessem a desejada regularidade. Em 17 de Maio de 1968, o T-37 número 2405 despenhou-se no mar, junto a Lagoa de Albufeira, vitimando o piloto. Em 1968, a patrulha não-oficial Os Panchos retomou os treinos. Em 1969, o nome da patrulha acrobática foi mudado para Diabos Vermelhos e o ritmo de treinos e de exibições sensivelmente aumentado. Foi brilhante a actuação no festival de Alverca, em 15 de Maio de 1969. Em 1970 destacam-se as exibições em Faro e Beja, esta última realizada em condições meteorológicas bastante adversas, com vento de rajadas muito fortes. Os Diabos Vermelhos são desactivados em finais de 1970, devido às dificuldades provocadas pela Guerra do Ultramar.
A patrulha Os Panchos reapareceu novamente em 1973, dez anos após as primeiras exibições, nas festividades do centenário do nascimento de Santos Dumont. Em 1976, por força da vontade de alguns pilotos foram retomadas as exibições aéreas. A primeira ocorreu em Abril desse ano, durante um Juramento de Bandeira na BA2, na Ota. Seguiram-se em 14 de Maio de 1976, no dia da BA2, e consagração no Dia da Força Aérea, em 4 de Julho de 1976, nos céus da BA1.
Premiando o empenho e a qualidade da equipa de Os Panchos, a organização International Air Tattoo de 1977 convida a FAP a participar com a sua patrulha acrobática no festival em Greenham Common, Grã-Bretanha, integrado nas comemorações do Jubileu de Prata da Rainha Isabel II. O convite foi aceite e daí nasceu a patrulha acrobática Asas de Portugal, oficializada como representante da FAP pela Ordem de Serviço do Estado-Maior da Força Aérea nº 46, de 31 de Dezembro de 1977. Os aviões passaram a estar equipados com sistema adequado de fumos e com uma pintura própria da patrulha. Foi criado o distintivo dos Asas de Portugal e a primeira exibição teve lugar no dia 11 de Maio de 1977, num festival na BA3, em Tancos. No dia 10 de Junho de 1978 actuaram na Guarda, no Dia de Camões e das Comunidades.A primeira exibição no estrangeiro foi efectuada em Thonon-les-Bains, em 18 de Junho de 1977, seguindo-se a de Greenham Common, no dia 26 de Junho de 1977.
A partir da remodelação da estrutura operacional da Força Aérea Portuguesa levada a efeito em 1977, a EIBP2 passou a ser designada por Esquadra 102, ao mesmo tempo que se tornava na única subunidade a ministrar a instrução básica de pilotagem. Em 5 de Novembro de 1986 ocorreu um acidente com o 2418 que se despenhou em Beringel, perto de Beja, vitimando os dois pilotos. Em 9 de Dezembro de 1990 ocorre um acidente com um avião dos Asas de Portugal, o 2415, num voo de treino, provocando a morte do piloto (após a investigação ao avião acidentado conclui-se que o mesmo ocorreu devido a problemas estruturais).
No dia 8 de Agosto de 1992, os Cessna T-37C realizam o último voo, na BA1, sendo oficialmente retirados do serviço depois de 29 anos, durante os quais formaram centenas de pilotos da Força Aérea Portuguesa e levaram o nome de Portugal além fronteiras.
Quanto à patrulha Asas de Portugal, voando T-37C, seria extinta, renascendo oficialmente em Abril de 1997, na Esquadra 103 da BA11, em Beja, com Alpha Jet. A Força Aérea mantém exposto ao público, no seu Museu em Sintra, um destes aviões na sua pintura original e em reserva um outro com a pintura dos Asas de Portugal.»
DESENHOS |
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PERFIL |
FONTES |
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Wikipedia.org
Excerto do texto do Major Adelino Cardoso, "T-37 Um legado da memória 50 anos do primeiro voo em Portugal", revista "Mais Alto" (adaptado)
Wikipedia.org
Excerto do texto do Major Adelino Cardoso, "T-37 Um legado da memória 50 anos do primeiro voo em Portugal", revista "Mais Alto" (adaptado)
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Revisto em 19-11-2015
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