Lockheed, P-38 Lightning

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ESPECIFICAÇÕES
ANO
1936
PAIS DE ORIGEM
USA
TIPO
Caça bombardeiro
MODELO
P-38L
TRIPULAÇÃO
1
MOTOR
2 x Allison V-1710-111/113
PESO MAXIMO (kg)
9960
PESO VAZIO (kg)
6205
ENVERGADURA  (m)
15.85
COMPRIMENTO (m)
11.53
ALTURA (m)
3.91
VELOCIDADE MÁXIMA  (km/h)
670
TECTO MÁXIMO  (m)
13410
RAIO DE ACÇÃO (km)
1448 (3640 com tanques extra)
AUTONOMIA (h)

ARMAMENTO
1 canhão de 20 mm,
4 metralhadoras de 12.7 mm,
1451 kg de bombas
Fonte: Airwar.ru
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GALERIA
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Um dos muitos P-38 a voar na actualidade
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P-38 da FAP (arte digital)
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P-38  14º Grp de Caças, USAF, Itália, 1944
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P-38J "Yippee"  da  USAF
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P-38M Caça Nocturno
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P-38 do 459º Grp de Caças, Índia 1945
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HISTÓRIA
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O P-38 Ligh‍tning contemporâneo do Grumman Wildcat foi um tipo de caça bimotor norte americano que teve participação crucial durante a Segunda Guerra Mundial. Era um aparelho particularmente rápido e eficaz num vasto espectro de situações de guerra.

F-5C (P-38H de reconhecimento). Nova Guiné, 1944
Durante todo o período de 1940 a 1945 foram produzidas um total de 9,923 aeronaves de várias versões, que participaram em todas as frentes da guerra desempenhando as mais diversas missões, o que demonstra o elevado potencial do seu design. O P-38 foi, avião de reconhecimento fotográfico, caça-bombardeiro, caça nocturno, interceptor de alta velocidade, e participou em todos os teatros da Guerra, desde a Europa e Norte de África, ao Pacifico.

O P-38 Lightning foi originalmente concebido como, um interceptor bimotor avançada de alto desempenho tendo o protótipo, YP-38, em 11 de Fevereiro de 1939, pilotado pelo tenente Ben Kelsey definido um novo recorde de voo de costa à costa dos Estados Unidos, em 7 horas e 48 minutos. A aeronave teve um acidente durante a aterragem, mas apesar disso, o seu desenvolvimento continuou.

No início o P-38 apresentava um fluxo turbulento sobre a cauda conhecido como compressão, que em altas velocidades de mergulho (acima de Mach 0.68), poderiam podia impedir a aeronave de recuperar e, consequentemente, despenhar-se. Longos estudos e testes em túnel de vento com a NACA  conseguiram encontrar a solução para o problema instalando abas de mergulho junto ao motores. A correcção do problema, foi no entanto tardia, apenas sendo incorporada a partir da produção final do P-38J e seguintes, o que conduziu a que fossem produzidos kits de abas de mergulho necessários a modificação dos P-38 já em operação na Europa. Esta correcção apenas começou a ser instalados a partir de março de 1944, nas aeronaves anteriores, e foi limitada a 200.

Municiação do P-38J, Italia 1944 
A primeira grande versão de produção foi o P-38E, que tinha um canhão de 20mm, em vez do canhão 37 milímetros dos anteriores. A produção começou em setembro de 1941 tendo sido construídas 210 aeronaves.

Na versão seguinte, o P-38F, foram introduzidos suportes sob as asas que poderiam transportar bombas, ou tanques de combustível extra, aumentando significativamente a sua capacidade para desempenhar outras missões nomeadamente escolta de longo alcance.

A produção do P-38G começou em Agosto de 1942, seguido pelo P-38H em Maio 1943, que teve uma versão mais poderosa do motor Allison V-1710.

A versão P-38J, lançada em Agosto de 1943, foi consideravelmente melhorada em relação aos modelos anteriores. Tinha melhor aquecimento do cockpit (um problema em modelos anteriores), refrigeração mais eficiente para os seus motores, um pára-brisas à prova de bala, capacidade adicional de combustível nas asas, e uma capacidade de manobra melhorada.

P-38 de reconhecimento (F-5) , Norte de África, 1944
A versão final de produção foi o P-38L, equipado com motores ainda mais poderosos Allison V-1710-111/113 de 1,600 cv. As entregas do L começaram em Junho de 1944 e continuaram até Agosto de 1945 tendo, esta versão, sido a que mais unidades foram produzidas 3.923 no total.

O P-38 Lightning entrou em serviço em larga escala durante a campanha do Norte de África, em Novembro de 1942, onde os alemães o apelidaram de "Der Gabelschwanz Teufel" ("O diabo de cauda bifurcada"). Quando o Lightning iniciou as operações de combate em Inglaterra em Setembro de 1943, era, à data, o único caça com autonomia para escoltar os bombardeiros para a Alemanha. 

Depois de algumas incursões desastrosas em 1944 com B-17 escoltados por P-38 e Republic P-47 Thunderbolts, Jimmy Doolittle, então chefe da 8ª Força Aérea dos EUA, foi para o Royal Aircraft Establishment (RAE), em Farnborough, pedindo uma avaliação dos vários caças americanos. 

Dessa avaliação concluiu-se que o Messerschmitt Bf109 e o Focke-Wulf Fw 190 poderiam combater a velocidades de Mach de 0.75 e que o P-38 apenas o podia fazer a Mach 0.68 (ainda com os problemas de compressão por resolver) sendo por por isso quase inútil em missões de escolta sobre a Europa. Apesar dos americanos terem dificuldade em aceitar este juízo, fundamentalmente devido ao excelente desempenho do P-38 nas campanhas do Norte de África o veredicto foi claro - "o P-38 deveria ser retirado das missões de escolta". 

Após a avaliação em Farnborough, o P-38 foi mantido em serviço de combate na Europa por mais algum tempo. No entanto, mesmo que muitos dos problemas da aeronave tenham sido corrigidos com a introdução do P-38J, até Setembro de 1944, exceptuando um, todos os restantes grupos de P-38 Lightning da 8ª Força Aérea haviam sido convertidos para o P-51 Mustang. A 8ª Força Aérea continuou a realizar missões de reconhecimento usando a variante F-5 de reconhecimento fotográfico do P-38. 

O P-38 foi usado mais amplamente e com sucesso no teatro do Pacífico, onde se revelou adequado para longas missões sobre a água por combinar um excelente desempenho, com um longo alcance e fiabilidades por dispor de dois motores. O P-38 foi utilizado numa variada gama de operações de combate mas muito especialmente escolta de bombardeiros a médias altitudes.

No teatro do Pacifico o P-38 detêm o recorde de ter abatido mais aviões Japoneses, (mais de 1800), do que qualquer outro caça da USAAF. 

Foi inclusive um P-38 Lightnig que abateu a aeronave que transportava o Almirante Isoroku Yamamoto (Comandante em chefe da marinha japonesa e responsável pelos planos de ataque a Pearl Harbor) quando a 18 de abril de 1943,  de manhã cedo, o avião em que seguia para uma visita de inspeção a várias bases nas Ilhas Salomão, foi intercetado  por um grupo de P-38 do 339.º Esquadrão de Caças baseado em Henderson Field-Guadalcanal.

EM PORTUGAL
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O único P-38 Lightning, nº 300 «OK-T», integrado na esquadrilha dos Airacobra, foi um dos caças americanos que aterraram na Portela em Lisboa, em 15 de Novembro de 1942 e que foram "internados". Na verdade, aterraram em Lisboa dois aviões Lockheed P-38 Lightning em situação de emergência, pertencentes à Esquadra 94ª da USAAF. O primeiro dos aviões, aproveitando um momento de desatenção das autoridades, provocado pela aterragem do 2º avião, conseguiu descolar e evitar que o internamento.

Este avião ficou conhecido como o "avião dos generais", em virtude de só sair do hangar quando havia visitas à Base Aérea da OTA. Mais tarde, devido a problemas de fugas de combustível nos depósitos auto-selantes em borracha , foi tentada a construção de depósitos metálicos nas OGMA, que não foi possível concretizar. Este problema associado à falta de sobressalentes, ditou o fim deste avião, que terminou os seus dias dentro de um hangar, com as asas apoiadas em bidons de combustível.


DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM
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Battle Stations: P38 Lockheed Lightning



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