História das aeronaves militares Portuguesas (VI)

Anos 60 - Poder aéreo em África

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Aeronave: Nord Aviation 2501 / 2502 Noratlas
Período: (1960-1976)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:28





Percurso em Portugal
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Aeronave: Lockheed P2V-5 Neptune
Período: (1960-1978)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:??





Percurso em Portugal
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Aeronave: Auster D-5/160
Período: (1961-1974)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:




Percurso em Portugal
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Aeronave: Max-Holste M.H. 1521 Broussard
Período: (1961-1976)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: ??



Percurso em Portugal
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Aeronave: Douglas DC-6
Período: (1961-1978)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: ??




Percurso em Portugal
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Aeronave: Dornier DO-27
Período: (1961-1979)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 146




Percurso em Portugal
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Aeronave: Douglas DC3 (C-47) Dakota
Período: (1962-1976)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:



Percurso em Portugal
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Aeronave: Sud-Aviation SE-3160 Alouette III
Período: 1963 -
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 142




Os helicópteros Alouette III, com mais de cinquenta anos de operação, tornaram-se as aeronaves com o maior período de serviço na aviação militar portuguesa desde a sua criação.
Este helicóptero é segundo o ponto de vista dos pilotos uma aeronave extraordinária e extremamente fiável. A sua excelente manobrabilidade permite a realização de um elevadíssimo leque de ações aéreas.
Utilizados inicialmente pela Força Aérea no continente para instrução de pilotos e nos territórios portugueses em África (Angola, Guiné e Moçambique) e Oceânia (Timor), foram insubstituíveis nas missões de transporte logístico, transporte tático, proteção armada, reconhecimento, evacuação sanitária e salvamento.
Pelo elevado número de aeronaves adquiridas, pela operação ininterrupta ao longo dos anos na preparação de várias gerações de pilotos e, fundamentalmente, pelo apoio humanitário e número de vidas salvas é hoje um ícone no património aeronáutico militar de Portugal.
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Aeronave: Cessna T-37C
Período: (1963-1992)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: ??







«A Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu os primeiros 12 Cessna T-37C Tweety Bird, em Dezembro de 1962, fornecidos pelos Estados Unidos. Foram transportados por via marítima e montados nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) em Fevereiro de 1963. As restantes 18 aeronaves foram recebidas em lotes de seis, a partir de Março de 1964, perfazendo o total de 30 aviões. Os T-37 foram numerados de 2401 a 2430 e colocados na Base Aérea nº 1 (BA1), em Sintra, constituindo a Esquadra de Instrução Básica de Pilotagem nº 2 (EIBP2) Os Panchos, que, em conjunto com a Esquadra de Instrução Básica de Pilotagem nº 1 (EIPB1) equipada com North-American T-6, formavam o Grupo de Instrução Básica de Pilotagem (GIBP). Para melhorar o rendimento operacional, a EIPB2 dividiu-se em duas esquadrilhas:
- a Esquadrilha nº 1, os Feras e,
- a Esquadrilha nº 2, os Águias.
A EIBP2 iniciou a actividade, ministrando Tirocínio de Pilotagem aos alunos do Curso de pilotagem Aeronáutica da Academia Militar, passando posteriormente a ministrar também os Cursos Básicos de Pilotagem, numa primeira fase como tarefa repartida com a EIBP1 que, em meados de 1964, foi transferida para a então BA7, São Jacinto. »
A passagem dos T-37 pela FAP, e a sua relevância, está intimamente ligada a história da patrulha acrobática Asas de Portugal.
«(...)No início de 1964, retomando a tradição da existência de uma patrulha acrobática portuguesa, dado que as patrulhas acrobáticas “Dragões” e “S. Jorge” foram desactivadas, a EIBP 2 começou por formar uma patrulha acrobática a que deu o nome da própria Esquadra - “Panchos” – com a finalidade de participar no festival a realizar em Alverca, em Julho desse ano. No entanto, a participação foi cancelada na sequência de um acidente ocorrido durante os treinos, de que resultou a destruição de um avião e a morte do piloto.
Foi em 1965 que Os Panchos tentaram retomar os treinos, mantendo uma actividade algo irregular durante vários anos. As exigências relacionadas com a formação de novos pilotos e a necessidade de transferir alguns pilotos-instrutores para o Ultramar impediam que os treinos tivessem a desejada regularidade. Em 17 de Maio de 1968, o T-37 número 2405 despenhou-se no mar, junto a Lagoa de Albufeira, vitimando o piloto. Em 1968, a patrulha não-oficial Os Panchos retomou os treinos. Em 1969, o nome da patrulha acrobática foi mudado para Diabos Vermelhos e o ritmo de treinos e de exibições sensivelmente aumentado. Foi brilhante a actuação no festival de Alverca, em 15 de Maio de 1969. Em 1970 destacam-se as exibições em Faro e Beja, esta última realizada em condições meteorológicas bastante adversas, com vento de rajadas muito fortes. Os Diabos Vermelhos são desactivados em finais de 1970, devido às dificuldades provocadas pela Guerra do Ultramar.
A patrulha Os Panchos reapareceu novamente em 1973, dez anos após as primeiras exibições, nas festividades do centenário do nascimento de Santos Dumont. Em 1976, por força da vontade de alguns pilotos foram retomadas as exibições aéreas. A primeira ocorreu em Abril desse ano, durante um Juramento de Bandeira na BA2, na Ota. Seguiram-se em 14 de Maio de 1976, no dia da BA2, e consagração no Dia da Força Aérea, em 4 de Julho de 1976, nos céus da BA1.
Premiando o empenho e a qualidade da equipa de Os Panchos, a organização International Air Tattoo de 1977 convida a FAP a participar com a sua patrulha acrobática no festival em Greenham Common, Grã-Bretanha, integrado nas comemorações do Jubileu de Prata da Rainha Isabel II. O convite foi aceite e daí nasceu a patrulha acrobática Asas de Portugal, oficializada como representante da FAP pela Ordem de Serviço do Estado-Maior da Força Aérea nº 46, de 31 de Dezembro de 1977. Os aviões passaram a estar equipados com sistema adequado de fumos e com uma pintura própria da patrulha. Foi criado o distintivo dos Asas de Portugal e a primeira exibição teve lugar no dia 11 de Maio de 1977, num festival na BA3, em Tancos. No dia 10 de Junho de 1978 actuaram na Guarda, no Dia de Camões e das Comunidades.A primeira exibição no estrangeiro foi efectuada em Thonon-les-Bains, em 18 de Junho de 1977, seguindo-se a de Greenham Common, no dia 26 de Junho de 1977.
A partir da remodelação da estrutura operacional da Força Aérea Portuguesa levada a efeito em 1977, a EIBP2 passou a ser designada por Esquadra 102, ao mesmo tempo que se tornava na única subunidade a ministrar a instrução básica de pilotagem. Em 5 de Novembro de 1986 ocorreu um acidente com o 2418 que se despenhou em Beringel, perto de Beja, vitimando os dois pilotos. Em 9 de Dezembro de 1990 ocorre um acidente com um avião dos Asas de Portugal, o 2415, num voo de treino, provocando a morte do piloto (após a investigação ao avião acidentado conclui-se que o mesmo ocorreu devido a problemas estruturais).
No dia 8 de Agosto de 1992, os Cessna T-37C realizam o último voo, na BA1, sendo oficialmente retirados do serviço depois de 29 anos, durante os quais formaram centenas de pilotos da Força Aérea Portuguesa e levaram o nome de Portugal além fronteiras.
Quanto à patrulha Asas de Portugal, voando T-37C, seria extinta, renascendo oficialmente em Abril de 1997, na Esquadra 103 da BA11, em Beja, com Alpha Jet. A Força Aérea mantém exposto ao público, no seu Museu em Sintra, um destes aviões na sua pintura original e em reserva um outro com a pintura dos Asas de Portugal.»
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Aeronave: Douglas B-26 Invader
Período: (1966-1974)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: ??








Percurso em Portugal
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Aeronave: Fiat G.91
Período: (1966-1993)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:

Armamento do Fiat G.91R4
Fiat G.91R3
Fiat G.91R4


Os primeiros FIAT G.91 adquiridos por Portugal em 1965 foram construídos pela Fiat Aviazione de Turim (Itália) e eram do modelo R4, equipados com quatro metralhadoras. Foram destinados aos teatros de operações da África Portuguesa, tendo realizado prioritariamente missões de ataque ao solo e reconhecimento aéreo tático.
No início dos anos 70 foram fundamentais para fazer face ao aumento de capacidade antiaérea dos movimentos de guerrilha independentista na Guiné, Moçambique e Angola.
Posteriormente foram recebidos aviões do modelo R3, equipados com dois canhões, construídos pela fábrica alemã Dornier GmbH. Estes aviões receberam algumas modificações passando a dispôr de misseís ar-ar e novos equipamentos de tiro e navegação.
Com pouca autonomia mas grande versatilidade foram utilizados intensamente em exercícios no teatro europeu e no Atlântico a partir dos Açores, base nas Lages.
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Aeronave: Cessna 206 Skywagon
Período: (1968-1974)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 1


Percurso em Portugal
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Aeronave: Cessna 401
Período: (1968-1974)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 1



Percurso em Portugal
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Aeronave: Piper PA-32-300 Cherokee Six
Período: (1968-1974)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:??


Percurso em Portugal
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Aeronave: Cessna 310
Período: (1969-1974)
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 1


Percurso em Portugal
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Aeronave: Boeing 707
Período: (1969-1976)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:


Percurso em Portugal
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Aeronave: Aérospatiale SA-330 Puma
Período: (1969-2011)
Unidade: Força Aérea
Quantidade:??



A aquisição dos helicópteros SA330 Puma permitiu aumentar significativamente a capacidade de transporte tático da Força Aérea, sendo utilizados de imediato em missões operacionais de ligação, transporte logístico e tático, assim como evacuação sanitária em Angola e Moçambique, então territórios portugueses em África.
Receberam sucessivas modernizações que lhes conferiram a possibilidade de operar com elevado sucesso em ambiente marítimo, garantindo a capacidade de busca e salvamento no extenso espaço marítimo de responsabilidade portuguesa. Para o efeito, operaram com base no Montijo e nas Lajes, Açores.
As condições meteorológicas muitas vezes adversas, as longas distâncias a percorrer para atingir os objetivos sobre o oceano Atlântico imenso, a delicada operação destes helicópteros e a excelente proficiência dos tripulantes, associados aos resultados obtidos nas missões realizadas, em apoio humanitário e salvamento, conduziram ao reconhecimento nacional e internacional, constituindo-se os SA330 Puma como referência lendária.

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