Royal Aircraft Factory SE.5

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Os primeiros exemplares do Royal Aircraft Factory SE.5 chegaram à Frente Ocidental antes do Sopwith Camel. Embora tivesse um desempenho muito melhor o que o Camel, problemas com o motor Hispano-Suiza 8 das primeiras versões, significou a sua escassez nas frentes de combate até meados de 1918. Juntamente com o Camel, o SE.5 foi essencial para a obtenção e manutenção da superioridade aérea pelos aliados desde meados de 1917 até ao final da Guerra. Assegurando que o episódio do "Abril Sangrento" de 1917, não se repetiria.
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Ano
1917
Pais de Origem
Reino Unido
Função
Caça
Variante
SE.5a
Tripulação
1
Motor
Hispano-Suiza ou Wolseley W4A Viper
Peso (Kg)
Vazio
694
Máximo
929

Dimensões (m)
Comprimento
6,37
Envergadura
8,11
Altura
2,69

Performance (Km)
Velocidade Máxima
225
Teto Máximo
5950
Raio de ação
550 
Armamento
1 metralhadora Vickers sincronizada de 7,7mm na esquerda da fuselagem;
 1 metralhadora Lewis um 7.7mm  de montagem central na asa superior; e
4 bombas de 18,6 kg
Países operadores
Argentina, Australia, Canada, Chile, Irlanda, Polonia, Africa do Sul, Reino Unido, EUA
Fontes
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GALERIA
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RAF S.E.5a, 1918
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RAF SE.5a 
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RAF SE.5a, 2º Australian Flying Corps
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RAF SE.5a
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RAF SE.5a do 2º Sqn, AFC, Savy, 1918
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RAF SE.5a no filme  Aces High
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HISTÓRIA
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O SE.5 (S cout E Xperimental 5) foi desenhado por Henry Folland, John Kenworthy e o Major Frank Goodden da Royal Aircraft Factory em Farnborough. Foi construído em torno do novo motor V8 Hispano-Suiza de 150 cv (112 kW), que embora fornecesse um desempenho excelente, no inicio da sua utilização estava insuficientemente desenvolvido e era por isso puco confiável. 

RAF SE.5 1º prototipo em Farnborough,
23  de novembro, 1916
O primeiro de três protótipos voou em 22 de novembro de 1916, mas um acidente posterior destruiria a aeronave. O segundo protótipo teve o mesmo fim, provocando também a morte do piloto. O terceiro protótipo voou em Farnborough em 12 janeiro de 1917 foi submetido a amplas modificação antes que se desse inicio a sua produção. 

Como outras aeronaves da Royal Aircraft Factory usadas na guerra (BE.2, FE.2 e RE.8) o SE.5 era bastante estável, o que o tornava uma excelente plataforma de tiro, mas era também bastante manobrável (as asas mais quadradas davam-lhe um muito bom controle lateral a baixas velocidades) e excepcionalmente forte que podia mergulhar a alta velocidade. Era também um dos aviões mais velozes da guerra, desenvolvendo uma velocidade maxima de 222 km/h, igual a do SPAD S.XIII e mais rápido do que qualquer tipo de avião alemão no período.

O SE.5 não era tão ágil e eficaz em combate aéreo como o Camel, mas era muito mais fácil e mais seguro de voar, especialmente para pilotos novatos, porém a sua maior vantagem sobre o Camel era o seu superior desempenho em altitude, tornando-se um adversário a altura do Fokker D.VII quando este caça surgiu na linha da frente.

Pormenor das armas Vickers na fuselagem e
 Lewis no topo da asa.
Dispunha de uma metralhadora Vickers sincronizada de 7,7 mm montado na superfície dorsal esquerda à frente da fuselagem com a culatra dentro da cabine, com uma ligeira inclinação para cima, e uma metralhadora Lewis em montagem Foster (na asa superior), o que permitia ao piloto para disparar contra um avião inimigo a partir de baixo, e para a frente.

O cockpit a meia-nau, dificultava a visão frontal através da longa fuselagem, mas em contrapartida melhorava consideravelmente a visibilidade nas restantes direcções. 

Apenas 77 aeronaves SE.5 foram construídas antes da produção ser cancelada a favor do SE.5a, modelo que diferia do original apenas no motor – recebeu o motor Hispano-Suiza 8b, de 200cv, em substituição do substituindo Hispano-Suiza 8A de 150cv. A introdução dos motores Wolseley Viper 200cv, uma versão de alta compressão, do Hispano-Suiza 8a feita sob licença pela Wolseley Motors Limited, resolveu os problemas do motor do SE.5a tendo sido adoptado como motor padrão das aeronaves de produção.

Foram construídos, 5.265 SE.5, no total de todas as versões, tendo a produção sido repartida por seis fabricantes. Alguns foram convertidos em aviões de instrução com dois lugares.

RAF SE5a F904 da Coleção do Shuttleworth em 1977
O SE.5 entrou ao serviço no 56º esquadrão do Royal Flying Corps em março 1917, sendo implantado na Frente Ocidental no mês seguinte. Apesar de inicialmente os pilotos terem ficado decepcionados com o SE.5, rapidamente passaram a apreciar a sua força e qualidades em voo principalmente após o SE.5a começar a substituir o SE.5 em junho. 

A esta escassez inicial de aeronaves devido a falta de motores Hispano-Suiza 8, ficou definitivamente resolvida com a adopção do Wolseley Viper como moto padrão do SE.5a, tornando possível reequipar novas unidades do Royal Flying Corps como SE.5 a partir do inicio de 1918. No final da Guerra o SE.5 equipava 21 esquadrões do Royal Flying Corps e 2 esquadrões do United States Army Air Service.

Muitos dos principais ases aliados voaram neste caça, entre eles Billy Bishop, Andrew Beauchamp-Proctor, Edward Mannock, James McCudden e Albert Ball, este ultimo inicialmente tendo uma opinião depreciativa do SE.5, acabou por obter nesta aeronave 11 das suas 44 vitórias. 

Alguns SE.5 permaneceram ao serviço da recém criada Royal Air Force (RAF, criada em 1 de abril de 1918) após o Armistício, mas começou a ser retirada logo depois. 

A aeronave continuou ao serviço por mais tempo na Austrália e Canadá. Em 1921 um SE.5a com motor Viper foi levado para o Japão pela Missão da Aviação britânica à Marinha Imperial Japonesa. Outras aeronaves foram utilizadas em voos civis no pós guerra nomeadamente em corridas (um exemplar ganhou a corrida Morris Cup em 1927).
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM
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