Blackburn Shark

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O Blackburn Shark foi um biplano de origem britânica operado pela Fleet Air Arm, Aeronáutica Naval Portuguesa Royal Canadian Air Force como avião de reconhecimento e bombardeiro/torpedeiro naval.

Voou pela primeira vez em 24 de Agosto 1933 e entrou ao serviço da Fleet Air Arm após testes operacionais em 1935, porém  já estava obsoleto em 1937 e no ano seguinte começou a ser substituído pelo Fairey Swordfish.
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Ano
1933
Pais de Origem
Reino Unido
Função
Reconhecimento e Torpedeiro Naval
Variante
Mk II
Tripulação
1 a 3
Motor
Peso (Kg)
Vazio
1836
Máximo
3687

Dimensões (m)
Comprimento
10,75
Envergadura
14,02
Altura
3,68

Performance (Km)
Velocidade Máxima
242
Teto Máximo
4760
Raio de ação
1006
Armamento
1 metralhadora de disparo frontal Vickers de 7.7mm
1 metralhadora Vickers K  ou Lewis. operada por artilheiro na retaguarda,
até 730kg de bombas ou
torpedo 18 Mark VIII ou
torpedo 18 Mark X
Países operadores
Reino Unido, Canadá, Portugal
Fontes
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GALERIA
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Blackburn  Shark (Protótipo)
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Blackburn Shark Mk I
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Blackburn Shark Mk II
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Blackburn Shark Mk IIA
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Blackburn Shark Mk III
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Blackburn Shark MK I, HMS Courageous
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HISTÓRIA
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B-6 Protótipo
O Blackburn Shark foi um bombardeiro torpedeiro britânico construído pela Blackburn Aircraft Company em Inglaterra . Voou pela primeira vez em 24 de agosto 1933 e esteve ao serviço da e Fleet Air Arm, Royal Canadian Air Force, e Aeronautica Naval Portuguesa, mas já estava obsoleto em 1937, tendo sido substituído em 1938 pelo Fairey Swordfish .

O Blackburn Shark foi projetado e construído para responder a Especificação , S15/33 para um avião de reconhecimento marítimo capaz de transportar e lançar torpedos para ser operado pela Air Arm Fleet (naquele tempo a componente aérea da Royal Navy). O protótipo Blackburn "B-6" com motor Armstrong Siddeley Tiger IV de 700cv voo em 24 de agosto de 1933.


Era um biplano com revestimento metálico com lugar para 3 tripulantes, armadom com uma metralhadora Vickers de 7.7mm fixa de disparo frontal e outra metralhadora Vickers ou Lewis de 7.7mm á retaguarda operada por um artilheiro. Podia transportar um torpedo de 680Kg ou o peso equivalente em bombas.

No ano seguinte, os ensaios do Blackburn na plataforma de aterragem do HMS Courageous foi bem sucedida em resultado do que foi feita uma encomenda pela Fleet Air Arm, em agosto de 1934. 

Shark MK I e Westland Wapiti, em voo sobre o
HMS Courageous
Entre 1934 e 1937, foram produzidos e entregues 238 Blackburn Shark á Air Arm Fleet composta por 16 Mk I (Tiger IV), 126 Mk II (760cv Tiger VI) e 95 Mk III (760cv Tiger VI).

O Blackburn Shark equipou os 820º e 821º esquadrões a bordo HMS Courageous, e o 822º esquadrão a bordo do HMS Furious bom como as catapultas a bordo dos navios de guerra HMS Repulse e Warspite.

A fraca resistência das asas, que não suportavam grandes esforços, originou que fossem retirados do serviço em 1938, muitos deles com menos de um ano de utilização na Royal Navy.

Posteriormente foi usado nas Escolas de Artilharia Aérea do Reino Unido e Trinidad.

Quatro aviões foram construídos para a Royal Canadian Air Force e 17 foram construídos sob licença pela Boeing Aircraft of Canada durante 1939-1940, para a RCAF.

Seis Blackburn Shark Mk II com motor  Tiger VI de 760cv, equipados com flutuadores foram produzidos para a Aeronáutica Naval da Marinha Portuguesa em março 1936. 

EM PORTUGAL
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Blackburn Shark Mk IIA, AN Portuguesa
Em 1935, a Aviação Naval (A.N.) encomendou seis aviões Blackburn Shark IIa, equipados com flutuadores, destinados a missões de torpedamento e bombardeamento.

Os oficiais da A.N. que se deslocaram à Grã-Bretanha em missão de recepção dos aviões, recusaram-se a recebê-los, depois das provas em voo, devido às deficiências que apresentavam. Depois de mais de um mês de troca de mensagens, os elementos da comissão de recepção foram mandados regressar a Lisboa e o chefe da missão punido disciplinarmente.

Os Shark acabaram por vir encaixotados para Lisboa, onde chegaram em 1936. Colocados no Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, em Lisboa, foram sujeitos a novos testes, que confirmaram a fraca resistência das asas na recuperação do voo picado, dando razão aos aviadores que se tinham recusado a recebê-los. Apesar disso, foram mantidos em operação, muito embora tenha sido cancelada a aquisição dos torpedos que lhe eram destinados.
Blackburn Shark Mk IIA, AN Portuguesa

Em 21 de outubro de 1936, em plena Guerra Civil de Espanha, a Rússia/URSS acusa Portugal de envolvimento no conflito permitindo o reabastecimento de aeronaves nacionalistas em território português.

Sendo necessário fazer chegar a Londres, à Comissão de Não-Intervenção na Guerra Civil de Espanha, o documento de resposta do Governo Português, foi encarregada da missão a Aviação Naval.

O hidroavião Shark 74-2 foi mandado aprontar e seguir para São Jacinto, aguardando a entrega do documento. Com uma guarnição composta pelo 2º Tenente Trindade dos Santos, o 2º Tenente Freitas Ribeiro e o 2º Sargento Cruz Fazenda, largou da Ria de Aveiro pelas 6h10 do dia 23 de outubro, fazendo escala em Brest e atingindo a base aeronaval de Calshot, no sul de Inglaterra, onde o documento foi entregue, em mão, ao secretário da Embaixada de Portugal em Londres. Os aviadores iniciaram a viagem de regresso a 28, chegando a São Jacinto a 30 e a Lisboa no dia seguinte. A aeronave utilizou, pela primeira vez, um enorme depósito de combustível suplementar, colocado sob a fuselagem tendo enfrentando as más condições meteorológicas presentes em toda a viagem.

Blackburn Shark Mk II,  AN Pportuguesa
 Doca do Bom Sucesso,  Lisboa,1937
Pese embora a grave deficiência que apresentavam, os Shark continuaram a voar, até que, em 1938, um avião se despenhou um no Rio Tejo provocando a morte do piloto. 

Após esse desastre, foi decidida a sua retirada de serviço, o que se concretizou ainda em 1938.

DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM
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