Douglas A-1 Skyraider

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O Douglas A-1 Skyraider (inicialmente AD) foi uma aeronave de ataque americana monolugar que esteve ao serviço entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1980, uma carreira longa e bem sucedida, que o tornou um anacronismo de motor de pistão e hélice na idade dos jato. Foi operado pela nos EUA pela United States Navy, United States Marine Corps, e United States Air Force, no Reino Unido pela Royal Navy, na França pelo Armée de l'air e na Republica do Vietname pela respetiva força aérea. Nos EUA, o Skyraider só seria retirado do serviço activo no inicio da década de 1970, substituído pelo jato subsónico LTV A-7 Corsair II.
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Ano
1945
Pais de Origem
EUA
Função
Ataque e apoio próximo
Variante
A-1H
Tripulação
1
Motor
1×Motor radial Wright R-3350-26WA de 2700cv
Peso (Kg)
Vazio
5429
Máximo
11340

Dimensões (m)
Comprimento
11.84
Envergadura
15.25
Altura
4.78

Performance (Km)
Velocidade Máxima
518
Teto Máximo
8685
Raio de ação
2115
Armamento
4x canhões M2 de 20mm
até 3,600 kg de carga bélica em 15 suportes externos, com combinações de bombas, torpedos, dispensadores de minas, foguetes não guiados, pods de armas e tankes de combustivel adicionais

Países operadores
Cambodja, Republica Centro Africana, Chade, França, Gabão, Vietname do Sul, Tailândia, Suécia, Reino Unido, EUA, Vietname
Fontes
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GALERIA
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 A-1D (AD-4NA)
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A-1J (AD-7) , Vietname, 1966
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EA-1E (AD-5W)
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EA-1F (AD-5Q), 1966
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AD-6, no USS Kitty Hawk , 1961
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AD-4, no USSPrinceton
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HISTÓRIA
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O Skyraider foi projetado durante a segunda guerra mundial para atender um concurso da Marinha dos Estados Unidos para um bombardeiro de mergulho e torpedeiro baseada em porta-aviões, monolugar e de longo alcance, para suceder aos Curtiss SB2C Helldiver e Grumman TBF Avenger.

Ed Heinemann da Douglas Aircraft Company foi encarregado da conceção da aeronave e os protótipos foram encomendados pela US Navy em 6 de julho de 1944, recebendo a designação de XBT2D-1. 

O primeiro protótipo XBT2D-1 fez seu primeiro voo em 18 de março de 1945 que foi seguido de outros 40 nas cinco semanas seguintes. A aeronave foi de seguida enviada para avaliação da US Navy dando inicio em abril, aos testes que se prolongariam até dezembro de 1946, e que incluíram manobras em porta-aviões. Em maio de 1945 a US Navy manifestou a Douglas a intenção de adquirir 548 aeronaves, mas com o final da guerra essa quantidade seria sucessivamente reduzida para 377 e posteriormente para 277. 

XBT2D-1
Até final de 1945 foram construídos 25 prototipos para testes, que incluíam melhorias sucessivas, nomeadamente os reforços estruturais considerados necessários à operação a partir de porta-aviões. Os quatro primeiros estavam equipados com motores "temporários" Wright R-3350-8 Duplex-Cyclone e os seguintes com a primeira produção motores Wright R3350-24W Duplex-Cyclone. O armamento consistia em dois canhões de 20 mm e capacidade para diversos tipos de armamento, incluindo bombas, torpedos,e foguetes HVAR de 127mm em três suportes principais (um sob a fuselagem e dois nas parte interior das asas), e seis pequenos suportes na parte exterior de cada asa com capacidade para 50 Kg de armamento cada. A velocidade máxima da aeronave era de 574 km/h, num raio de combate de 2.500 km. 

Num esforço para ultrapassar o seu principal concorrente, Martin Mauler, e para demonstrar a versatilidade da aeronave a Douglas construiu seis aeronaves experimentais: uma versão de reconhecimento XBT2D-1P, e outra equipada para guerra eletrônica XBT2D-1T. A terceira seria uma aeronave de controlo e aviso aéreo antecipado (AEW&C - airborne early warning and control ) XBT2D-1W. As duas seguintes aeronaves foram equipadas e atualizadas com radar para serem utilizadas como bombardeiros e aeronaves de ataque noturno, XBT2D-1N, e a ultima foi preparada para ser um avião de ataque por excelência, uma nova série, XBT2D-2. 

O primeiro Skyraider de série voou em 5 de novembro de 1946, e as unidades seguintes da série AD-1 começaram a equipar os esquadrões de combate VA-3B e VA-4B dos porta-aviões USS Sicily e USS Franklin D. Roosevelt a partir de em abril de 1947. A produção da série AD-1 continuou até meados de 1948 sendo concluídas um total de 242 aeronaves. 

AD-1Q
As últimas 35 aeronaves AD-1Q foram construídas numa versão bi-lugar como aeronaves de guerra eletrônica com o operador com acesso ao seu posto através de uma porta no lado esquerdo da fuselagem. O principal equipamento estava instalado dentro da fuselagem e consistia num receptor busca AN/APR-1, o analisador de pulso AN/APA-1II, e um indicador panorâmico AN/APA-38, sob a asa de estibordo dispunha de um pod com radar AN/APS-4, e um lançador de chaff MX-346A.

A partir de 1948, a a Douglas iniciou a produção da versão AD-2 que pretendia solucionar alguns problemas da versão anterior, que diferia da primeira por possuir um motor Wright R3350-26B Duplex-Cyclone de 2700cv com tubos de escape modificados e sistema de ignição de baixa tensão, e um menor consumo de combustível. Além disso, a aeronave tinham uma maior capacidade interna de combustível, e uma cabina do piloto redesenhada (construídas 156 aeronaves como AD-2 e 22 como AD-2Q ). 

Até ao final da produção o Skyraider passaria por sete versões, se incluirmos as duas primeiras AD-1, e AD-2. A versão AD-3 tinha uma fuselagem estruturalmente mais forte, um melhor do trem de aterragem, e uma nova canópia (construídas 125 aeronaves como AD-3, 23 AD-3Q, 15 AD-3N, e 31 AD-3W).

Seguiu-se a AD-4 que seria a mais produzida e que dispunha de um motor mais potente Wright R3350-26WA Duplex-Cyclone, alterado posteriormente para AD-4B com quatro canhões M3 de 20mm, em vez dos dois das versões anteriores e tinha capacidade para transportar uma bomba nuclear Mark 7 de 770kg ou Mark 8 de numa baia reforçada na fuselagem. (construídas 372 aeronaves AD-4, 165 AD-4B, 307 AD-4N, 39 AD-4Q e 168 AD-4W).

AD-5, 1950
Na versão AD-5, que pretendia combinar as funções de deteção e destruição de submarinos, a fuselagem foi significativamente ampliada, permitindo que os quatro tripulantes se sentassem dois a dois, lado a lado. O armamento standard foi aumentado de dois para quatro canhões M3 de 20mm nas asas (construídas 212 aeronaves AD-5, 239 AD-5N, e 218 AD-5W).

A versão AD-6 era uma versão melhorado do monolugar AD-4B, com motor Wright R3350-26WD Duplex-Cyclone de 2700cv, e equipado com equipamento para bombardeio de precisão a baixas altitudes, destinado ao apoio aéreo de proximidade (construídas 713 aeronaves).

A versão final, AD-7, correspondia a versão anterior com um novo motor Wright R3350-26WA Duplex-Cyclone (construídas 72 aeronaves).

Aeronaves de cada uma das sete versões do Skyraider recebiam modificações especificas para adaptação a determinadas funções, entre elas, o ataque noturno (AD-3N, AD-4N e AD-5N), controlo e aviso aéreo antecipado (AD-3W, AD-4W, AD-5W ), e guerra eletrónica (AD-1Q, AD-2Q, e AD-3Q,).

A produção total do Skyraider incluindo os protótipos ascendeu a 3180 unidades tendo a produção terminado em 1957.

A-1H, USAF,Vietname, 1969
Em 1962 os Skyraider em actividade foram redenominados pela USAF. Os AD-4N para A-1D, os AD-5 para A-1E, os AD-5W para EA-1E, os AD-5Q para EA-1F, os AD-5N para A-1G, os AD-6 para A-1H e os AD-7 para A-1J.

Embora o Skyraider tenha sido produzido tarde de mais para tomar parte na segunda guerra mundial, tornou-se a espinha dorsal da aviação dos porta-aviões da Marinha (U.S. Navy) e do Corpo de Fuzileiros Navais (U.S. Marine Corps) dos Estados dos Estados Unidos na guerra da Coréia (1950-1953), entrando em atividade operacional a partir de Valley Forge em 3 de julho de 1950. A capacidade e versatilidade da sua carga bélica e a sua autonomia de voo, que podia chegar a 10 horas, superavam largamente as dos jatos disponíveis na época. 

Em 2 de maio de 1951, os Skyraider realizaram o único ataque com torpedos de toda a guerra contra a Barragem de Hwacheon, então controlada pela Coreia do Norte, que seria também a primeira vez que torpedos sriam usados para atacar alvos terrestres. 

Um total de 128 Skyraider foram perdidos durante a guerra da Coréia, 101 em combate e 27 por outras causas, a maioria destas devido ao enorme poder do motor cujo torque era tão grande que, se não fosse corretamente compensado durante a manobra de aterragem, fazia a aeronave girar sobre a hélice e bater no solo ou convés do porta aviões. 

A-1E  do 1º SOS com um BLU-72B, Vietname, 1968.
O Skyraider continuou a ser um importante ativo a US Navy após a guerra da Coreia, apesar de começar lentamente a ser substituído a partir de 1956 pelo A-4D Skyhawk, permaneceria ao serviço por quase mais duas décadas.

Os Skyraider da US Navy estavam entre as primeiras aeronaves a realizar ataques ao Vietname do Norte com a escalada do conflito, em 1964.

Durante os quatro anos seguintes o Skyrayder iria provar a sua eficácia em missões de suporte ao bloqueio das incursões em Vietname do Norte, valendo-se da sua elevada capacidade de carga bélica, precisão dos ataques e capacidade para permanecer sobre o alvo durante mais tempo que qualquer outra aeronave. 

O Skyraider era particularmente adequado para missões de escolta de helicópteros. A sua baixa velocidade de cruzeiro permitia-lhe acompanhar o voo dos helicópteros de tropas e fornecer o poder de fogo contra ameaças nas zona de aterragem protegendo também os helicópteros de resgate aéreo na recuperação de tripulações e feridos em combate. Para tais missões o Skyraider era equipado com bombas de fragmentação, dispensadores de minas, pods de foguetes não guiados (por vezes com ogivas de fumo para marcar o terreno) e pods SUU-11 com uma metralhadora M134 de 7,62 mm, que complementavam os seus  canhões A/N-M2 de 20mm, poderosos, mas com uma baixa cadência de tiro.

Durante a guerra, os Skyraiders da US Navy chegaram mesmo a abater dois caças a jato Mikoyan-Gurevich MiG-17 da força aérea norte vietnamitas (NVAF), um em 20 de junho de 1965, e outro em 9 de outubro de 1966.

Durante a guerra e à medida que a US Navy ia substituindo os Skyrayder, a USAF adquiria essas aeronaves designando-as por A-1. Os Skyraider da USAF seriam largamente usados no Vietname em operações de apoio próximo as forças no solo, escolta de helicópteros e apoio a operações de resgate mantendo-se ao serviço até a retirada final das forças dos EUA em 1972.

 A-1E com as insígnias da VNAF
No decorrer da guerra, a Força Aérea Sul Vietnamita (VNAF) adquiriu 308 Skyraider que operam em seis esquadrões de A-1 até o final de 1965. O seu numero viria a reduzir-se no período de 1968 a 1972, quando os EUA começaram a fornecer aos Sul Vietnamitas aeronaves de apoio aéreo próximo mais modernas, tais como o Cessna A-37 e o Northrop F-5 (no início de 1968, apenas três dos seus esquadrões estavam voando A-1).

A partir de novembro de 1972 todos ao A-1 Skyraider ao serviço das forças americanas no sudeste asiático foram transferidos para a Força Aérea Sul Vietnamita passando as suas funções a ser desempenhadas pelos A-6 Intruder, Douglas A-4 Skyhawk ou LTV A-7 Corsair II.

A USAF perdeu 201 Skyraider no sudeste da Ásia e a US Navy perdeu 65, sendo cinco foram derrubados por mísseis terra-ar (SAM), e três foram abatidos em combate ar-ar, dois destes por MiG-17.

A Royal Navy adquiriu em 1952, 50 Skyraider para controlo e aviso aéreo antecipado AD-4W (AEW.1), através de um programa de assistência militar que operaram no 849º Esquadrão naval da Fleet Air Arm com destacamentos em quatro porta-aviões. Um deles, a bordo do HMS Bulwark tomaria parte na Crise do Suez em 1956. Os Skyraiders britânicos seriam substituídos em finais da década de 1960 por Fairey Gannet AEW.3 sendo os seus radares APS-20 instalados nos Avro Shackleton AEW.2 da RAF que permaneceriam ao serviço até 1991.
AD-4W, AEW, a aterrar no USS Leyte

Quatorze AEW.1 Skyraider britânicos foram vendidos à Suécia onde foram usados a partir da Base Aérea de Svensk Flygtjänst entre 1962 e 1976.

A força aérea francesa comprou 20 AD-4, 88 AD-4N e 5 AD-4NA (originalmente com três lugares modificados para monoposto com a remoção dos equipamentos de radar e dos postos dos operadores nas estações da fuselagem traseira), da US Navy entre 1956 e 1958, para substituir os envelhecidos Republic P-47 Thunderbolt na Argélia. As aeronaves seriam utilizadas até final da Guerra da Independencia da Argélia. Apesar da sua curta carreira na Argélia mantiveram-se activos no Armée de l'Air até final da década de 1970. Ao serviço do Armée de l'Air os Skyraider foram utilizados em várias intervenções militares Francesas em países de sua influência nomeadamente no Djibouti, Gabon, Chad, Cambodja e Republica Centro Africana, tendo as aeronaves sobreviventes passado para a posse desses países após o fim da intervenção Francesa.

EM PORTUGAL
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES

VER TAMBÉM
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